O Pantanal queima. Sem controle, a vegetação é consumida pelo fogo e além da dor em ver o maior planície alagada do mundo em chamas, os moradores de Ladário e Corumbá – cidade que fica a 413 quilômetros de Campo Grande – convivem com a fumaça e a fuligem, que há mais de 15 dias fazem parte da rotina.
Nos fins de tarde na cidade pantaneira, a paisagem fica completamente coberta pela fumaça. Durante o dia, os moradores tentam lidar com o calor, o ar “rarefeito” e a fuligem que invade as casas insistentemente. Veja vídeo gravado em Ladário:
Monica Salustiano Luchner mora em Corumbá e segundo ela, os dias são assim há, pelo menos, duas semanas.
Em um dos postos de combustíveis da cidade, os funcionários optaram por trabalhar de máscara, uma tentativa de melhorar o ar que respiram.
Além do fogo constante, os moradores sofrem com o tempo seco. A última chuva registrada em Corumbá foi no dia 19 de maio, apenas 1,8mm. Se for falar em volume significativo, o tempo é ainda maior, 11 de abril, com 27,8mm. Depois disso, só calor e fogo.
As consequências são sentidas na pele. Em um dos hospitais da cidade a média de atendimento nos meses de maio e junho é de 410 consultas, mas neste ano, subiu para 1.594 por conta das doenças respiratórias. De acordo com o clínico geral Lauther Serra, o aumento está diretamente relacionado a fumaça.
Para os próximos dias, não há previsão de chuva, ou qualquer mudança no tempo.
Fonte: primeirapagina