Um grupo de pessoas foi às ruas no bairro Pedra 90, região sul de Cuiabá, na tarde deste sábado (25), para chamar a atenção do Poder Público para a problemática da violência contra a mulher e o feminicídio. Além disso, os manifestantes pediram justiça pela morte da jovem Emily Bispo (20), morta a facadas em uma das ruas do bairro, pelo ex-namorado, no dia 16 deste mês.
Usando roupas claras, em sua maioria da cor branca, os manifestantes, entre eles familiares e amigos da jovem, carregaram faixas com fotos dela e pedidos por justiça. Além disso, pediram que o autor do feminicídio, Antônio Aluízio da Conceição Marciano (20), seja punido no rigor da lei pelo crime, que chocou pessoas de todo o estado pela brutalidade com a qual a vítima foi executada.
“Justiça por Emily e por todas as vítimas de feminicídio”, dizia o cartaz de uma das manifestantes.
“Em defesa do direito da mulher, a lei estadual 10580/2017 precisa ser praticada”, pediu o grupo em uma faixa.
“É grande a saudade, e nada poderá apagar a sua lembrança, seu sorriso e a sua alegria. Nos confortamos em saber que Deus a acolheu em sua moradia”, descreveram em um banner.
Entre os manifestantes, estava o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (UB), que garantiu que cobrará medidas mais duras por partes do Executivo, Legislativo e Judiciário mato-grossense para retirar Mato Grosso do mapa da violência contra a mulher.
“O combate ao feminicídio é uma luta de todos. Nós todos temos que fazer uma cruzada contra essa violência. Mato Grosso tem que sair dessa vergonha, de ser um estado que mais se agride e mata mulheres”, disse.
O parlamentar ressaltou que a manifestação ataca diretamente a ideia perversa de alguns homens, que acreditam serem “donos” de suas companheira, e que por isso, tem o direito de maltratar e agredi-las. Para Botelho, o que deve ser feito é a desconstrução desse pensamento.
“Temos que acabar com essa ‘cultura’, do homem achar que pode agredir a mulher. Tem que acabar com isso. Esse movimento que está sendo feito aqui é muito importante, ele vai atacar o problema cultural”, apontou.
O CRIME
Câmeras de segurança filmaram toda a ação do acusado, que friamente, atacou e matou a jovem na frente do filho dela, de apenas 4 anos de idade. As imagens circularam nas redes sociais e provocaram comoção e revolta entre moradores de todo o estado.
No momento do crime, Emily levava o garoto para a escola com o filho da escola, quando foi abordada e morta por Antônio no meio do rua. Ele foi preso horas depois do crime, em uma casa abandonada no bairro Parque Cuiabá.
Na delegacia, ele contou que parou a jovem porque queria “conversar” e “cobrar” dela a resposta de um pedido de casamento, feito por ele dias antes. Entretanto, as imagens mostram o contrário da versão apresentada pelo acusado.
No vídeo, que circulou nas redes sociais, o rapaz é visto abordando Emily em uma moto, que pegou emprestada de um amigo. Ele para o veículo próximo a vítima, puxa uma faca e atinge a jovem por várias vezes, acertando o tórax, abdômen e braço da vítima, fugindo logo em seguida. Ela chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu.
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Fonte: unicanews