Via @portaljogada10 | A briga judicial entre a família de Zagallo e uma ex-funcionária ganha novo capítulo. Afinal, a antiga cuidadora do célebre antigo jogador e treinador solicita o pagamento de uma indenização de R$ 190 mil, em audiência. A enfermeira alega circunstâncias inadequadas de trabalho, além de atraso na quitação de seus direitos.
Tal quantia representa o acordo que a ex-empregada afirma ter aceitado em um eventual processo trabalhista que é conduzido no Rio de Janeiro desde o começo deste ano. Entretanto, a proposta da família de Zagallo foi de R$ 18 mil, investida que a cuidadora e sua defesa recusaram. A 42ª Vara do Trabalho na cidade foi a responsável por promover a audiência.
Acusações da antiga cuidadora
A profissional, aliás, indica que os familiares não ofereciam condições satisfatórias para o momento de descanso enquanto estava no local de trabalho. Vale relembrar que Zagallo morreu no início deste ano. De acordo com seus relatos, ela era obrigada a dormir no mesmo quarto do ex-jogador e técnico. No caso, em um colchão, que ficava no chão. A propósito, ela também conta que frequentemente era acordada para ajudá-lo a ir ao banheiro, situação que ela não tinha capacidade de fazer sozinha. Tal argumento foi para comprovar sua disponibilidade 24 horas por dia. Ou seja, não havia um período de descanso. Segundo a cuidadora, a dependência do ex-jogador era tanta que a profissional não tinha um momento de privacidade nem mesmo quando se alimentava.
Além disso, a enfermeira acusa Mário César, filho de Zagallo, de assédio moral por comportamento abusivo. Isso porque afirmava que recebia tratamento em “tom ríspido e ofensivo”. Ela classificava a situação e o local onde trabalhava como um “ambiente hostil e humilhante”. Em um primeiro momento, na ação, a ex-empregada pedia uma indenização um pouco superior aos R$ 328 mil. A quitação deveria ser feita pelo filho caçula do ex-treinador, Mário César, e da herança de Zagallo. A cuidadora ainda detalha que o filho era responsável por coordenar suas funções no período em que esteve no emprego.
Detalhes do processo da ex-funcionária contra família de Zagallo
A condução do processo ocorre em sigilo judicial pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. A abertura da ação se concretizou em abril deste ano, meses depois da morte do ex-jogador, aos 93 anos de idade, que ocorreu em janeiro. A cuidadora, aliás, afirma que o acompanhou até mesmo quando estava no hospital até o dia do óbito de Zagallo. A ex-funcionária pede o pagamento de FGTS, multa, 13º salário, férias proporcionais e vencidas. Bem como diferença salarial, remuneração por rescisão contratual, horas extras e indenização por assédio moral.
Segundo a empregada, durante a pandemia, ela teve que passar a realizar novas funções como limpeza do banheiro, passar roupas e preparo de refeições de Zagallo. Isso porque, no período em questão, a outra funcionária da família deixou de ir ao apartamento.
No entanto, em depoimento à Justiça, a defesa da família do ex-jogador rebate as alegações. No caso, cita que a cuidadora não ultrapassava 24 horas de trabalho, tinha pausas para se alimentar. Assim como dispunha de acomodação privativa. Ainda indicou que ela trabalhava em um plantão por semana, o qual intercalava entre 12 e 24 horas. A propósito, era substituída por outra profissional.
Inclusive, ressaltou que as acusações de assédio moral não procedem, já que mais teriam violado qualquer direito relativo à personalidade da autora da ação”. Ainda complementou que as provas entregues por ela como mensagens, fotos e áudios do WhatsApp estão fora de contexto. Por sinal que a relação de emprego é inexistente.
Fonte: @portaljogada10