VIRAM ESSA? 🤩 Vídeos disseminados nas redes sociais com “Diga não à criminalização da advocacia” ganharam repercussão nos últimos dias, com a bandeira levantada por advogados criminalistas de todo o país, em protesto contra decisões da Justiça que ferem as prerrogativas no Direito.
O movimento ganhou força depois que o desembargador Benjamin Acácio de Moura e Costa, do Tribunal de Justiça do Paraná, revogou medidas cautelares impostas a Cláudio Dalledone Junior (@drdalledone), um dos advogados mais requisitados do país. A sentença determinou que Dalledone usasse tornozeleira eletrônica por suposta corrupção passiva, em um caso que se arrasta desde 2004, no litoral do Paraná. “É a primeira vitória e outras virão em breve. Confio na justiça”, disse Dalledone.
A cassação das medidas cautelares, consideradas ilegais, reforçou a campanha. “Essa liminar não teve a mesma repercussão na imprensa que a decisão ilegal. Por quê?”, questionou o advogado Evinis Talon. De acordo com criminalistas adeptos ao movimento, casos semelhantes são recorrentes e existe uma espécie de ‘perseguição velada à advocacia que atua de forma combativa’.
“Esse fato deve ser encarado com muita preocupação por nós porque pau que bate em Chico, bate em Francisco. Tu, colega criminalista, pode ser o próximo a sofrer isso”, alertou, em vídeo, o criminalista Jean Severo, um dos advogados adeptos à campanha, que tem milhares de visualizações e apoio quase unânime na internet.
Nós procuramos Cláudio Dalledone Júnior para comentar sobre o movimento. Segundo o criminalista, a união entre a classe vai fortalecer a luta contra arbitrariedades na Justiça. “É uma honra ter o meu nome encabeçando essa luta, que não é de hoje. Não sou o primeiro, nem o segundo e nem o terceiro que sofre as consequências da perseguição judiciária, mas, agora, com muita garra, estamos mostrando que a advocacia está unida para que esta tenha sido a última. Não é só por mim. É por todos nós”, desabafou.
Não à criminalização da advocacia!
O caso de Dalledone não é fato isolado. Em meados dos anos 2000, o advogado Miguel Saliba e outros colegas de profissão foram presos ilegalmente, na Operação Big Brother, por ordem de um juíz que não tinha competência legal para julgar o caso. A busca por justiça foi documentada em uma série de televisão.
Em 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as provas de ações penais contra o advogado Rodrigo Tacla Duran, na 13ª Vara Federal de Curitiba. A decisão abriu a possibilidade da suspensão de todas as ações contra o advogado, que denunciou ter sofrido extorsão na Operação Lava Jato, citando especificamente um juiz envolvido no caso.