A época do ano mais quente e mais seca em Mato Grosso, os meses de setembro e outubro, têm outro agravante: a alta poluição do ar. A combinação desses 3 fatores gera efeitos nocivos para os olhos. Em decorrência da desidratação, os olhos ficam ressecados, além da sensação de ardência, coceira e vermelhidão.
“Este problema é conhecido como síndrome do olho seco, que pode manifestar-se por sensação de areia nos olhos, vermelhidão e até dor. A condição pode ser agravada por fatores como uso excessivo de telas e ambientes com ar condicionado”, diz o médico oftalmologista José Procópio.
Alguns cuidados básicos podem minimizar os problemas e garantir que eles não se agravem. Segundo o especialista, são todas práticas simples voltadas para a hidratação e a umidificação de ambientes.
“Há colírios lubrificantes que ajudam a manter a umidade dos olhos, mas não podemos nos esquecer nunca do consumo de água, pois a hidratação adequada contribui para que o nosso organismo realize de forma adequada a produção de lágrimas. Outra ação importante é o uso de umidificadores de ar, tanto em casa quanto no ambiente de trabalho”.
Neste ano, a seca em Mato Grosso foi agravada pelo excesso de fumaça no ar, gerado pela poluição industrial e pelas queimadas. Sem a chuva, estas partículas despejadas podem irritar a superfície ocular e ampliar condições pré-existentes, como a conjuntivite alérgica. Os sintomas incluem lacrimejamento excessivo, sensação de ardência e coceira.
Por isso, ressalta Procópio, além de evitar ambientes poluídos, as pessoas precisam lavar os olhos com maior frequência e, acima de tudo, evitar esfregar os olhos, o que pode piorar a irritação.
“A saúde ocular é um aspecto crucial do nosso bem-estar geral e deve ser especialmente protegida durante condições atmosféricas adversas. Se os sintomas persistirem ou se você estiver enfrentando desconfortos significativos, é fundamental procurar um médico”, diz o médico.
Fonte: olivre.com.br