O número de casos confirmados de dengue em Cuiabá cresceu 204,5% entre os dias 29 de dezembro de 2024 e 18 de janeiro de 2025. Nesse intervalo de quase três semanas, houve um disparo também nos registros de chikungunya, com aumento de 1.913,3%.
A gravidade da situação fez com que o município decretasse emergência de saúde, na manhã desta quinta-feira (23). O anúncio foi feito pelo prefeito Abilio Brunini, em coletiva de imprensa.
O decreto, que tem validade de 60 dias, prevê medidas emergenciais para conter o avanço da epidemia de arboviroses no município, como dengue, zika e chikungunya, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Outra preocupação do município é a circulação do vírus da Oropouche, outra arbovirose que é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, também conhecido como maruim.
Medidas previstas no decreto
- Suspensão de agendamentos para consultas em Unidades Básicas de Saúde (UBS): as unidades deverão priorizar as demandas espontâneas, visando atender os casos mais urgentes relacionados às arboviroses.
- Garantia de medicamentos contínuos: pacientes que utilizam medicamentos de uso contínuo terão acesso garantido sem necessidade de renovação de receita, exceto para medicamentos controlados.
- Comitê de Operações Emergenciais: todas as ações serão coordenadas por este comitê, sob a liderança da Secretaria Municipal de Saúde.
- Contratação temporária de profissionais: a medida visa reforçar as equipes que atuarão diretamente no combate à epidemia e no atendimento à população.
Situação crítica e resposta emergencial
O boletim epidemiológico destaca que, somente neste início de ano, Cuiabá já registrou 238 casos de dengue, número 60% maior em comparação com o mesmo período do ano passado.
Já os casos de chikungunya chegaram a 221, com uma morte confirmada na capital. A situação também gerou impacto no comportamento da população, como o aumento de 15% na procura por repelentes nas farmácias locais.
Além disso, o decreto autoriza a aquisição emergencial de medicamentos, insumos e equipamentos necessários para enfrentar a epidemia.
Fonte: primeirapagina
