A quarta fase da Operação Curare, deflagrada na manhã desta quinta-feira (20) e que investiga um esquema que desviou R$ 3 milhões dos cofres da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Cuiabá, é resultado da investigação da queda de um avião, ocorrido em agosto de 2021 na cidade de Poconé (104 Km de Cuiabá).
O acidente aéreo, que resultou na morte do médico George Costa Melo, acabou se desdobrando em novos inquéritos pela Polícia Federal. E, conforme as investigações, o avião em questão teria sido comprado com o dinheiro dos desvios na saúde da capital.
No dia 8 de agosto de 2021, George, o piloto da aeronave e mais duas pessoas retornavam de uma pescaria no distrito de Porto Jofre, no Pantanal, com destino a Cuiabá, em uma aeronave modelo Embraer EMB 711 Corisco, prefixo PT-NHH.
Pouco tempo depois da decolagem, o piloto identificou que o combustível estava acabando e tentou retornar à base, em Porto Jofre. Entretanto, o combustível logo chegou ao fim e a aeronave caiu ao tentar um pouso de emergência. O médico George Costa Melo chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos graves ferimentos e morreu no dia 25 de setembro daquele ano.
Um dos passageiros resgatados com vida do acidente era Rafael Correa da Costa, parente do empresário Milton Côrrea da Costa Neto, um dos alvos da operação da PF nesta quinta-feira. No Registro Aeronáutico Brasileiro, o avião, fabricado em 1976, está registrado em nome de Sebastião Rodrigues de Arruda.
Todavia, as investigações do acidente de Poconé descobriram indícios de fraude na compra do avião. Em seguida, a Polícia Federal descobriu que aeronave era fruto de lavagem de dinheiro, comprada com o dinheiro dos desvios feitos na saúde de Cuiabá.
A quarta edição da Curare cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Chapada dos Guimarães (65 Km de Cuiabá), além do sequestro de bens, direitos e valores dos alvos.
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Fonte: unicanews
