O aumento de síndromes respiratórias tem superlotado unidades públicas e privadas de saúde nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. O crescimento dos casos, principalmente em relação às crianças, causa preocupação nos pais. Uma das reclamações é da demora no atendimento e também da falta de espaço nos hospitais – devido a demanda – até mesmo para medicar os pacientes. A situação já “recorrente” na rede pública, repete-se nas unidades privadas.
Sara Moura afirma que levou a sobrinha na segunda-feira (27) no Hospital Femina, segundo ela, o cenário era assustador. “Não tinha mais lugar para sentar para esperar, espera essa que ultrapassava horas. Quando fomos medicar, não tinha mais nem espaço. Muita criança doente”, afirmou.
Marcelo Gomes, pesquisador da Fiocruz e coordenador do Infogripe explica que houve um aumento de novos casos de internação por infecções respiratórias desde fevereiro. Por isso que está começando a sobrecarregar a rede de atendimento. “Em fevereiro a gente observa presença do rinovírus nas crianças até 11 anos. Agora em março já começa a aparecer também o vírus sincicial respiratório nas crianças menores de 5 anos”.
Gomes enfatiza que, em geral são sintomas usuais de quadro gripal. “É importante que, tendo condições de, manter a criança em casa quando estiver com sintomas e evitar ir à aula, para diminuir a circulação desses vírus no momento atual. E os responsáveis que tiverem crianças sintomáticas também é bom que utilizem boas máscaras (N95, KN956, PFF2) quando estiverem no transporte público, pois podem ter contraído o vírus da criança”, afirma.
Na rede pública, a situação não é diferente. Flávia Andrade diz que esteve na Unidade de Pronto Atendimento da Morada do Ouro, chegando no início da manhã e somente no final da manhã conseguiu atendimento para o neto. “É desumano ter que deixar uma criança horas esperando para ser atendida”.
Outro lado
O Hospital Santa Rosa comunicou aos pacientes que, devido a demanda, a espera pelos atendimentos aumentou. Segundo a unidade, de fevereiro para março de 2023, o fluxo de pacientes pediátricos no Pronto-Atendimento do Hospital Santa Rosa aumentou 61,4%. “Devido à grande demanda, o Hospital Santa Rosa continua operando com alto fluxo de atendimento pediátrico, impactando no tempo de consulta e exames”.
O Hospital e Maternidade Femina informou que o Pronto Atendimento está atendendo com demanda elevada para a especialidade de Pediatria, inclusive, sem vagas disponíveis para internação. “O hospital está fazendo o possível para atender a procura crescente, porém, é importante esclarecer que no momento há um grande número de crianças com doenças respiratórias, necessitando de leitos mais do que a capacidade disponível em Cuiabá”.
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Fonte: unicanews