A Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá emitiu um alerta para as mulheres em período de gestação, nesta segunda-feira (29), em decorrência do aumento do número de casos de Febre Oropouche em todo o país. A doença pode causar malformação no feto, morte e aborto espontâneo.
Conforme o alerta do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), já foram registrados em todo o país seis casos de transmissão vertical da doença, isto é, da mãe para o filho. Destes, foram registrados três casos de malformação fetal, dois no Acre e um na Bahia. Além disso, foram registrados dois óbitos fetais e um aborto espontâneo em Pernambuco.
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Até o momento, não foram confirmados casos da doença em Cuiabá. Contudo, de acordo com o Informe Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso divulgado no mês passado, o estado registrou 16 casos confirmados da doença nas cidades de Guarantã do Norte, Rosário Oeste e Campo verde. Nove dos casos foram registrados em mulheres.
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As recomendações das autoridades de saúde para as mulheres gestantes incluem:
– Evitar áreas onde há muitos insetos;
– Usar telas de malha fina em portas e janelas;
– Usar roupas que cubram a maior parte do corpo;
– Aplicar repelente nas áreas expostas da pele;
– Manter a casa limpa, incluindo a limpeza de terrenos, quintais e locais de criação de animais;
– Em caso de viagem, siga as orientações das autoridades de saúde local.
Conforme o Ministério da Saúde, até o dia 22 de julho foram registrados 7.236 casos positivos da Febre do Oropouche em 20 estados do brasil, especialmente na região Amazônica, do qual Mato Grosso faz parte.
Duas mortes foram registradas na Bahia em decorrência da Febre Oropouche. As vítimas foram duas mulheres, de 21 e 24 anos de idade. Um terceiro caso está em investigação em Santa Catarina. São os primeiros registros de mortes por essa doença no mundo.
A Febre Oropouche é uma doença viral. O vírus Orov é transmitido, principalmente, por meio da picada de um mosquito conhecido como maruim, mosquito-pólvora ou “porvinha”, mas também por espécies do mosquito Culex.
Conforme o Ministério da Saúde, a doença pode ser confundida com a dengue. Ela costuma evoluir com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados.
Os sintomas costumam durar por até sete dias, mas em 60% dos casos os sintomas são recorrentes por até duas semanas. A maioria das pessoas têm evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves.
Não existe tratamento específico para a Febre Oropouche, apenas para os sintomas.
Fonte: reportermt.com