O cantor sertanejo João Carreiro, que morreu aos 41 anos, nessa quarta-feira (3), tinha uma condição cardíaca chamada prolapso da válvula mitral (PVM) e, ao se submeter a um procedimento cirúrgica para trocar a válvula no coração, não resistiu.
O que é?
Mas o que é a PVM? De acordo com Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE), o prolapso da válvula mitral é quando há uma alteração na estrutura de uma das válvulas mais importantes do coração.
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Como o coração funciona com o PVM?
A válvula mitral, também conhecida como válvula bicúspide, tem a função de separar o átrio do ventrículo esquerdo, evitando que o sangue bombeado volte por onde acabou de passar. Ou seja, ela é uma estrutura dotada da capacidade de se fechar após os movimentos de bombeamento do sangue, fazendo esse bloqueio e permitindo que o fluido circule adequadamente dentro do coração.
Com o prolapso mitral, há uma espécie de “frouxidão” da válvula, que acaba se deslocando para o átrio esquerdo. Assim, nem sempre ela consegue impedir o refluxo do sangue, que acaba vazando para o átrio por conta da incapacidade de vedação adequada.
Causas
Na maioria das vezes, a condição é genética, mas o prolapso da válvula mitral também pode ser causado por síndromes como a de Marfan ou de Ehlers-Danlos.
Sintomas
Na maior parte das vezes, os pacientes com prolapso da válvula mitral não sentem os sintomas. Porém, alguns podem desenvolver dor no tórax, aumento dos batimentos e da pulsação, enxaqueca, cansaço, tontura e queda de pressão.
Diagnóstico
O diagnóstico do prolapso de válvula mitral é bem simples e não exige testes muito complexos. Ausculta, feita com o estetoscópio, já que os batimentos do paciente com PVM são bem característicos. Ecocardiogramas também são outra forma de diagnosticas o PVM.
Tratamento
Muitas pessoas passam toda a vida sem descobrir que lidam com um prolapso de válvula mitral, que pode ser completamente silencioso e assintomático. Porém, em casos mais graves, pacientes desenvolvem algum tipo de arritmia cardíaca, o que demanda acompanhamento frequente caso haja mudança no quadro da PVM e, se necessário, iniciar alguma intervenção para evitar problemas posteriores.
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Fonte: primeirahora