Vini Jr, jogador do Real Madrid, foi convidado para liderar um comitê antirracista da Fifa (Federação Internacional de Futebol). O presidente da entidade, Gianni Infantino, fez o convite! Com o craque à frente da campanha, a Fifa pretende eliminar, se possível, comportamentos de discriminação e preconceito no futebol. São consideradas inclusive a adoção de punições mais rígidas!
O comitê será formado por jogadores, que vão sugerir punições mais duras globalmente para países, clubes e estádios em que o racismo ainda é fortemente presente. Vini Jr foi vítima de racismo no último dia 21 entre o Real Madrid e Valencia, pelo Campeonato Espanhol. O jogador foi chamado de macaco pela torcida adversária.
Gianni informou que pretende trabalhar com governos locais e autoridades para aplicar medidas disciplinares e educar as crianças desde cedo, porque esse é um problema social.
O convite
O foco não é apenas aplicar punições, mas também buscar ações legais agressoras nos campos de futebol de todo mundo.
“Não haverá mais futebol com racismo. Os jogos devem ser interrompidos imediatamente quando isso acontecer. Já chega”, disse o presidente.
Nas redes sociais, Vini Jr. reproduziu o convite, mas não mencionou uma palavra sequer. As imagens falam por si.
O convite foi feito diretamente a Vini Jr, em Barcelona, onde a Seleção Brasileira está para jogar uma partida contra Guiné, como parte de uma campanha antirracismo liderada pela Confederação Brasileira de Futebol.
O amistoso será, neste sábado, às 18h30 (de Brasília), no Estádio Cornellà-El Prat. Em 2023, Brasil jogou apenas uma vez, perdendo de 2 x 1 para Marrocos. Foi o único jogo depois da eliminação da Copa do Mundo do catar.
Jogadores
Gianni quer usar os jogadores para entender o que eles precisam para trabalhar em um ambiente mais seguro.
“Vamos implementar punições muito duras e duras para acabar de vez com o problema do racismo no futebol. Não podemos mais tolerar o racismo”, disse.
A ação da Fifa se dá em meio às pressões sobre a LaLiga e a Federação Espanhola de Futebol (RFEF), que poucas ações tomaram depois dos sucessivos casos de racismo contra o jogador na Espanha.
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Medidas globais
Para o presidente, acabar com a discriminação no futebol é parte de algo maior, é necessário intervenção das autoridades políticas e promotores de todos os países que precisam enfrentar o preconceito com maior determinação.
“Infelizmente, o racismo não é um problema que existe apenas na Espanha. Existe em muitos, muitos outros países. É por isso que precisamos tomar medidas coletivas para combatê-lo em todo mundo.
Gianni quer identificar os racistas nos estádios, e bani-los para sempre de qualquer campo do mundo.
Vítima de racismo
No último dia 21, Vini Jr foi ofendido por torcedores do Valencia enquanto disputava uma partida de futebol.
Após uma confusão em campo, o atleta foi expulso, mesmo tentando argumentar que a torcida adversária estava cometendo um crime. O juiz não deu ouvidos e manteve a expulsão do jogador.
O jogador vinha sendo alvo dos racistas bem antes de entrar em campo. Quando o ônibus do Real chegou ao estádio, os torcedores ofenderam Vini o chamando de macaco.
O caso ganhou grande repercussão e Vini recebeu apoio de diversas pessoas na internet.
A Fifa espera que tendo Vini Jr no novo comitê antirracista da Fifa seja uma liderança capaz de somar jogadores e denúncias para somar forças na luta contra o preconceito.
Com informações Reuters e Agência Brasil.
Fonte: sonoticiaboa