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Venezuela liberta mais de 100 presos políticos, mas mantém 1,8 mil sob custódia: atualização sobre a situação dos detidos.

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Na prisão de Tocorón, na Venezuela, dezenas de famílias aguardam pela saída de seus entes queridos, em um ambiente de incerteza, depois do anúncio de libertação de prisioneiros. O local fica a cerca de duas horas da capital, Caracas.

Isso ocorre pois, até o último domingo, 17, a ONG Foro Penal informou que 131 pessoas receberam o aval para deixar o local. No entanto, ainda conforme o órgão, outras 1,8 mil famílias esperam por notícias. A informação é do jornal .

A notícia de libertação veio depois de quase três meses das contestadas eleições presidenciais. Nesse período, o regime do ditador prendeu cerca de 2 mil pessoas opositoras, sob acusações de terrorismo. Agora, anunciou planos para libertar cerca de 200 deles.

Maduro afirmou que muitos dos detentos são “criminosos fascistas”. A maioria deles e suas famílias negam as acusações de terrorismo. De acordo com analistas ouvidos pelo NYT, o movimento pode ser visto uma sinalização do ditador à eleição do norte-americano Donald Trump.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, que é chavista, disse que os detidos restantes enfrentam acusações graves e que seu escritório não recebeu denúncias de violações de direitos humanos durante as prisões.

A libertação e as controvérsias políticas na Venezuela

A oposição na Venezuela, no entanto, afirma que o candidato Edmundo González venceu com 67% dos votos — contra 30% de Maduro | Foto: Reprodução/Twitter/X
A Oposição Na Venezuela Afirma Que O Candidato Edmundo González Venceu, Com 67% Dos Votos — Contra 30% De Maduro | Foto: Reprodução/Twitter/X

A libertação ocorreu pouco depois da morte de Jesús Manuel Martínez, opositor que estava sob custódia e sofria de problemas de saúde. Líderes da oposição acusaram o regime de negligência, mas Saab afirmou que Martínez estava hospitalizado desde outubro.

Belkys Altuve, de 59 anos, tem dois filhos e dois netos presos desde julho, acusados de terrorismo depois de, segundo ele, sair para comprar comida durante a eleição. Altuve disse que votou em Maduro e que se sente traída, já que o regime “tirou seus filhos dela”.

As eleições de julho, que colocaram Maduro contra o opositor Edmundo González, apoiado por María Corina Machado, foram marcadas por alegações de fraude. Maduro declarou vitória, mas não divulgou atas eleitorais.

O movimento González-Machado publicou resultados de 80% das seções de votações, os quais mostraram vitória de González, com quase 70% dos votos. Essa versão não oficial recebeu o reconhecimento de várias nações mundo afora.

Depois do período eleitoral, a repressão no país aumentou, ao passo que a pressão internacional crescia para que a Venezuela mostrasse as atas de votação. Até o momento, Nicolás Maduro não divulgou os documentos.

Fonte: revistaoeste

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