O Vaticano lançou, nesta segunda-feira, 8, uma nova declaração intitulada , que reafirma a posição da Igreja Católica em relação à dignidade humana. A nova versão do material destaca a oposição à cirurgia de mudança de sexo e à ideologia de gênero.
O aprovou o documento, que também condena a prática da barriga de aluguel e ressalta a importância de respeitar as pessoas LGBT. Além disso, um teólogo liberal expressou preocupações e reafirmou a posição da Igreja Católica sobre questões como aborto e feminicídio.
Segundo o documento de 20 páginas, a busca pela autodeterminação pessoal, conforme prescrito pela teoria de gênero, é vista como uma “tentação antiga de se colocar no lugar de Deus, competindo com o verdadeiro Deus de amor revelado no evangelho”. A declaração ressalta que intervenções de mudança de sexo, em geral, ameaçam a dignidade única que a pessoa recebe desde o momento da concepção.
A Santa Sé faz uma distinção entre cirurgias desse tipo e procedimentos para resolver “anormalidades genitais” presentes no nascimento ou que se desenvolvem posteriormente, ressaltando que tais anormalidades podem ser tratadas com a ajuda de profissionais de saúde.
Cardeal explica documento do Vaticano contra mudança de sexo e ideologia de gênero
Ocardeal argentino Victor Manuel Fernández, principal responsável pela declaração do Vaticano contra cirurgia de mudança de sexo e , mencionou que o papa solicitou a inclusão de temas como pobreza, situação dos migrantes, violência contra as mulheres, tráfico humano e guerra na avaliação atualizada das ameaças à dignidade humana. O documento denuncia, por exemplo, a perseguição que gays sofrem em alguns lugares do mundo.
Fernández, teólogo liberal nomeado por Francisco para o cargo no escritório doutrinário do Vaticano, expressou preocupação com a punição da homossexualidade, considerando-a um “grande problema”. Nesse sentido, o cardeal lamentou ver católicos apoiando leis anti-homossexualidade.
A mais nova versão da declaração também reafirma a posição da Igreja Católica contra o aborto e a eutanásia. Por fim, as lideranças católicas registram repúdio ao feminicídio, classificando a violência contra as mulheres como um escândalo global cada vez mais reconhecido.
Fonte: revistaoeste