O revelou, nesta quinta-feira, 29, que mais de 2 mil crianças dormem ruas do país, em decorrência da falta de alojamentos de emergência disponíveis ou adequados.
De acordo com levantamento da organização, 467 do total de crianças tem menos de 3 anos. A pesquisa se baseia em dados coletados pelo número de emergência, onde as pessoas ligam em busca de local para passar a noite.
Para a Unicef, uma infância sem lar é uma “situação desastrosa”. “É inadmissível, não podemos aceitar que uma sociedade trate suas crianças assim”, disse à AFP a representante da agência da onu na França, Adeline Hazan.
Segundo Adeline, essa é uma “violação flagrante” dos princípios da Convenção sobre os Direitos da Criança, ratificada pela . “Estamos muito preocupados ao ver que, longe de melhorar, a situação piora a cada ano”, acrescentou. “É uma tragédia quando se conhecem as consequências desastrosas na saúde mental e na educação.”
O que alega a Unicef
Apesar da quantidade de crianças que dormiram nas ruas ser menor que o registrado em outubro de 2023, quando havia 3 mil menores nessa situação, o número é inédito para o período. Houve um aumento de 3%, em relação a agosto do ano passado; 27%, em relação a 2022; e 120%, quando comparado a 2020.
Conforme o Unicef, a situação é “alarmante”, pois o montante de 2 mil menores não considera, por exemplo, aquelas famílias que não ligam para os números emergenciais. Também não entra nessa conta as crianças que vivem em bairros precários ou até mesmos as crianças desacompanhadas.
Fonte: revistaoeste