O Comitê de Investigação da Rússia informou, nesta quinta-feira, 28, ter provas de que a Ucrânia tem ligações com o recente ataque terrorista em Moscou. Pelo menos 137 pessoas foram mortas e mais de 140 ficaram feridas.
Embora não tenham sido apresentadas as evidências em questão, a Rússia alega que possui informações concretas de que os autores do ataque terrorista receberam quantias significativas de dinheiro e criptomoedas provenientes da Ucrânia. Esses recursos teriam sido usados na preparação do crime.
A nota também menciona a prisão de um suspeito envolvido no financiamento. Onze pessoas foram presas, e oito delas, incluindo os quatro atiradores, estão sob prisão preventiva. Sete suspeitos são do Tajiquistão e um é do Quirguistão.
O ataque, pior dos últimos 20 anos na Rússia, foi reivindicado pelo Estado Islâmico. O grupo terrorista é inimigo da Rússia, que apoia o regime do ditador da Síria, Bashar Al-Asad.
Rússia acusa Ucrânia por ataque
Apesar da reinvindicação do ataque por parte do Estado Islâmico, o Serviço Federal de Segurança da Rússia informou acreditar que a Ucrânia, juntamente dos Estados Unidos e do Reino Unido, estava envolvida no atentado.
Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, afirmou à imprensa ser “extremamente difícil de acreditar” que o Estado Islâmico teria capacidade para uma ação dessa magnitude.
Em resposta, autoridades norte-americanas afirmaram ter informações que comprovavam a participação do Estado Islâmico no ataque. Nesta quinta, o porta-voz da organização terrorista publicou um áudio no para celebrar o atentado.
Ataque ocorreu em casa de shows
O atentado ocorreu no Crocus City Hall, uma casa de shows ao lado de um shopping que fica 20 km a noroeste do Kremlin. Terroristas abriram fogo contra os seguranças do local e contra a plateia, que incluía crianças.
Depois, explodiram duas bombas, o que deixou o prédio em chamas. O local tem capacidade para 6,2 mil assentos e estava com os ingressos todos vendidos. Segundo as autoridades russas, o ataque deixou 143 mortos e 182 feridos, mas ainda há quase cem desaparecidos.
Fonte: revistaoeste