Seis opositores do ditador Nicolás Maduro estão atualmente abrigados na Embaixada da Argentina em Caracas. As informações partem, segundo o portal Infobae, de funcionários da Casa Rosada.
De acordo com o portal, o presidente argentino Javier Milei e a chanceler Diana Mondino “aceitaram que os seis perseguidos entrassem na representação diplomática na Venezuela” “A partir desse momento, devido às leis internacionais, ficassem sob asilo da Argentina.”
A chegada dos opositores na embaixada aconteceu gradualmente ao longo da última semana. O motivo seria a crescente tensão política na Venezuela, sob o regime do ditador Nicolás Maduro, e as consequências diretas que isso tem nas relações diplomáticas regionais.
Foram identificados cinco dos opositores como Pedro Urruchurtu, Magalli Meda, Humberto Villalobos, Claudia Macero e Omar González. Não divulgou-se o nome do sexto opositor do regime venezuelano que buscou asilo na embaixada argentina.
Ao lado de Costa Rica, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai, a Argentina foi um dos países signatários do comunicado que manifesta preocupação com a impossibilidade de Corina Yoris, candidata da opositora Plataforma Unitária Democrática (PUD), registrar sua candidatura às eleições de 28 de julho. No pleito, Maduro tentará mais uma reeleição. Ele está na Presidência da Venezuela desde 2013.
Desconhecida no debate político, Corina fez parte do grupo da sociedade civil que integrou a Comissão Nacional de Primária de oposição. Nesse colegiado, a ex-deputada María Corina Machado conseguiu 90% dos votos para concorrer à eleição, mas a Justiça impediu a participação dela na disputa.
As relações entre Argentina e Venezuela, que foram próximas durante os mandatos dos peronistas Néstor Kirchner (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015), se enfraqueceram desde a posse de Milei na Casa Rosada, em dezembro do ano passado. Assumidamente liberal, Milei critica publicamente as posições do ditador socialista Maduro.
Fonte: revistaoeste
