O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu um recado aos países ocidentais nesta quinta-feira, 29. Em pronunciamento feito à Assembleia Federal da Rússia, ele alertou para o risco de um conflito nuclear com o Ocidente, caso a Organização do Tratado do Atlântico Norte () envie tropas à Ucrânia.
“O Ocidente deve perceber que também temos armas que podem atingir alvos no seu território”, disse Putin, no pronunciamento. “Tudo isso ameaça realmente um conflito com o uso de armas nucleares e a destruição da civilização. Eles não entendem isso?”
Em resposta à declaração do presidente francês Emmanuel Macron, que disse que o envio de tropas europeias para a Ucrânia não pode ser descartada, Putin disse hoje que se isso acontecer, a resposta russa virá sob a forma de armas nucleares. pic.twitter.com/hp0GCdIppd
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) February 29, 2024
A possibilidade de envio de tropas da Otan foi levantada no início da semana pelo presidente da França, Emmanuel Macron. No entanto, países como os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha negaram haver um plano para enviar soldados à Ucrânia. Contudo, a ameaça feita pelo presidente francês gerou essa reação do líder russo.
Putin afirma que o Ocidente tenta “arrastar” a Rússia para uma corrida armamentista
Durante o discurso, Putin afirmou que o Ocidente tenta “arrastar” Moscou para uma corrida armamentista. Por esse motivo, a Rússia deve desenvolver um complexo industrial de defesa para aumentar seu “potencial científico, tecnológico e industrial”.
“É seriamente necessário fortalecer os agrupamentos na direção estratégica ocidental para neutralizar as ameaças associadas à próxima expansão da Otan”, afirmou o presidente russo.
Putin também fez referência ao desfecho de líderes ocidentais do passado, como Adolf Hitler, da Alemanha nazista, e Napoleão Bonaparte, da França, que não obtiveram sucesso quando tentaram invadir a Rússia.
Ele afirmou que, agora, as consequências serão “muito mais trágicas”, caso os líderes do Ocidente tentem invadir a Rússia. “Eles acham que a guerra é uma caricatura.”
Fonte: revistaoeste