Milhares de pessoas lideradas por partidos de esquerda e pelas principais centrais sindicais da Argentina fazem nesta quarta-feira, 27, uma manifestação contra as medidas de austeridade anunciadas pelo presidente . É o terceiro protesto desde que ele tomou posse, há 17 dias.
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O alvo principal desta vez é o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), assinado há uma semana, que revogou dezenas de medidas do governo anterior com o objetivo de desregulamentar a economia e desinchar a máquina pública. Além disso, sindicatos e relações trabalhista também são afetados pelo “revogaço”.
Os partidos de esquerda e os sindicatos recorreram à Justiça para tentar invalidar o decreto e, por isso, nesta quarta, os manifestantes se concentram na Plaza Lavalle, no centro de Buenos Aires, onde fica o Palácio da Justiça e o tribunal que vai decidir os pedidos constantes das ações.
Até agora, segundo a imprensa argentina, não há registro de distúrbios ou violências nos protestos. Equipes policiais acompanham as manifestações.
Segundo a CGT — a principal central sindical da Argentina, ligada ao peronismo do ex-presidente Alberto Fernández —, uma reunião na quinta-feira 28 poderá decidir por uma greve nacional de 24 horas.
Milei diz que manifestação mostra que esquerda da Argentina não aceita resultado da urnas
O presidente da Argentina afirmou que a terceira manifestação em 16 dias de mandato significa que os esquerdistas “não aceitam que perderam e que a população escolheu um governo com outras ideias”.
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Milei acusou os legisladores de defenderem o debate parlamentar apenas para negociarem o voto em troca de subornos e avisou que, se o decreto for anulado, o governo vai .
Ação da CGT é rejeitada pela Justiça argentina
Segundo a Télam, agência estatal de notícias da Argentina, uma das ações da CGT já foi rejeitada nesta quarta-feira, 27. O juiz nacional do Trabalho Ignacio Ramonet recusou a concessão de uma medida liminar para suspender a validade dos artigos do DNU vinculados à reforma trabalhista por considerar que a norma ainda não entrou em vigor.
Fonte: revistaoeste