Autoridades da Índia anunciaram na terça-feira 5 a prisão dos últimos quatro suspeitos de estuprar a brasileira Fernanda Santos. No sábado 2, a polícia anunciou que três homens tinham sido presos por participação no crime e, na terça, os outros foram detidos.
O crime ocorreu na sexta-feira 1º enquanto ela acampava junto com seu marido, o espanhol Vicente Barbera, no distrito de Dunkam. O local fica a cerca de 1,3 mil quilômetros da capital indiana de Nova Délhi.
Na noite do crime, o casal seguia de moto até o Nepal. Eles decidiram acampar na região porque não havia hotel por perto. Durante a noite, eles foram atacados pelo grupo.
Fernanda é natural de Goiânia (GO). Ela e Vicente estão juntos há dez anos. . As imagens das aventuras são compartilhadas em sua conta do , com mais de 300 mil seguidores.
Depois do ataque na Índia, Fernanda se manifestou na rede social. “O que está acontecendo conosco é algo que não desejamos a ninguém”, disse a brasileira.
O casal de motociclistas Vicente Barbera e Fernanda Santos, um espanhol e uma brasileira de Goiânia, eles produzem conteúdo de viagens pelo canal “@vueltaalmundoenmoto” e ao passarem pela Índia foram rendidos, espancados, roubados, e ela estuprada
fonte: https://t.co/hb8nUwE785 pic.twitter.com/rzCsIgrAcs
— Brazil Press ∴ (@br4zil33) March 3, 2024
Índia instituiu pena de morte para estupradores em 2013
Outro caso de estupro coletivo cometido há mais de dez anos fez o Parlamento indiano mudar as regras de punição para esses crimes. A condenação mais severa passou a ser a pena de morte.
Esse crime ocorreu em 2012. Na época, Jyoti Singh, uma aluna de fisioterapia de Nova Délhi, foi atacada por seis bandidos. Depois do ocorrido, ela e seu amigo foram jogados na beira de uma estrada. Pedestres encontraram os dois e prestaram-lhes socorro.
Jyoti chegou a ser levada para um hospital em Singapura para receber tratamento, mas morreu duas semanas depois da agressão.
Início dos protestos na Índia
Nessa época, centenas de pessoas fizeram protestos nas ruas da capital indiana. Eles pediam que os criminosos fossem penalizados.
Essas manifestações foram um primeiro momento de discussão sobre o estupro na Índia. A partir disso, as autoridades indianas deram uma resposta no Parlamento.
A medida da pena de morte para casos graves de estupro foi aprovada em 2013, como resposta do governo às manifestações.
Em março de 2020, quatro homens condenados por estupro e assassinato foram enforcados. Além deles, havia outros dois criminosos acusados pelo crime.
Um deles foi encontrado morto na própria cela. O último tinha 17 anos na época do ocorrido. Por ser menor de idade ficou preso por três anos e foi liberado.
Fonte: revistaoeste
