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Pesquisa revolucionária revela avanço promissor no tratamento da enxaqueca

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Uma nova descoberta de cientistas pode levar a um tratamento eficaz para a enxaqueca, doença que atinge 1 bilhão de pessoas no mundo e é considerada pela OMS, Organização Mundial da Saúde, como a segunda mais comum. O Brasil tem a maior taxa de pacientes incapacitados pela enxaqueca.

Os pesquisadores, da CODE Genetics na Islândia, analisaram dados genéticos de mais de 1,3 milhões de homens e mulheres com diagnóstico da doença e identificaram que há 44 variantes da enxaqueca, o que abre caminho para novos tratamentos. O estudo foi publicado na revista científica Nature Genetics.

“O que torna o nosso estudo único é que ele inclui grandes conjuntos de dados de indivíduos sequenciados, permitindo a detecção de variantes raras que protegem contra a enxaqueca, potencialmente abrindo um caminho para o desenvolvimento de novos alvos de medicamentos”, disse a professora Kari Stefansson, que participa do estudo.

Genes afetam variantes da enxaqueca

Os resultados mostraram que há genes que afetam um dos subtipos de enxaqueca em detrimento do outro.

A descoberta indica para novas vias biológicas que poderiam ser alvo de desenvolvimentos terapêuticos.

Subtipos de enxaqueca

Os pesquisadores se concentram na detecção de variantes de sequência associadas aos dois principais subtipos de enxaqueca.

Os dois subtipos são enxaqueca com aura, muitas vezes referida como “enxaqueca clássica”, e enxaqueca sem aura.

Por exemplo, a variante rara que aponta para o gene KCNK5 confere grande proteção contra enxaquecas graves e aneurismas cerebrais.

A descoberta identifica uma via comum entre as duas doenças ou sugerindo que alguns casos de aneurismas cerebrais precoces podem ser erroneamente classificados como enxaqueca.

Ligação com epilepsia

A professora Kari Stefansson contou o que se descobriu, examinando os pacientes, sobre a enxaqueca sem aura.

“Foram reveladas quatro novas associações de enxaqueca com aura e 13 variantes associadas principalmente à enxaqueca sem aura”, disse.

“Assim, uma variante rara de frameshift no gene PRRT2 confere um grande risco de enxaqueca com aura e com outra doença cerebral, a epilepsia, mas não de enxaqueca sem aura.”

Gene de alerta

No SCN11A, um gene conhecido por desempenhar um papel fundamental na sensação de dor, os cientistas detectaram diversas variantes raras de perda de função.

Elas estão associadas a efeitos de proteção contra a enxaqueca, enquanto uma variante comum no mesmo gene está associada a um menor risco de enxaqueca.

Leia mais notícia boa

Mulheres têm mais enxaqueca

No mundo, uma em cada cinco mulheres, um em cada 16 homens e uma em cada 11 crianças têm enxaqueca de forma regular.

As crises ocorrem três vezes mais em mulheres.

Sintomas de enxaqueca

De acordo com especialistas, a enxaqueca é uma doença neurológica, genética e crônica.

A principal característica é a dor de cabeça latejante em um ou nos dois lados da cabeça.

A seguir, os sintomas mais frequentes de enxaqueca:

Mais informações sobre o estudo podem ser obtidas aqui.

Mulheres têm mais enxaqueca do que homens e um novo estudo com pacientes busca tratamento alternativo. - Foto: Matteo Vistocco

A nova descoberta sobre a enxaqueca descobriu 44 variantes e mostra que mulheres têm mais a doença do que homens. – Foto: Matteo Vistocco

Com informações do GNN

Fonte: sonoticiaboa

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