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Pesquisa revela avanços no conhecimento do cérebro humano e destaca lições valiosas aprendidas com animais

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Cientistas identificaram cinco grandes mudanças na evolução do cérebro e sua capacidade computacional, que permitiram chegar à vida inteligente que conhecemos hoje. Sim, o cérebro continua evoluindo.

E, observando os animais, os pesquisadores descobriram que os humanos têm muito o que aprender com os bichos.

A pesquisa na Universidade Macquarie (Austrália), coordenada por Andrew Barron, observou o equivalente a 1 bilhão de anos de evolução por meio da chamada capacidade computacional do cérebro.

Amimais têm cerebro inteligente

Os cientistas concluíram que esta evolução passou por mudanças no sistema nervoso dos primeiros organismos, depois, a formação de um sistema (nervoso) centralizado, de um cérebro que se retroalimenta seguido de múltiplos sistemas e a capacidade de reflexão.

Andrew Barron, que coordenou a pesquisa, lembra que todos os animais têm cérebros funcionais e, portanto, inteligentes.

Segundo ele, uma abelha, por exemplo, é capaz de ações que um humano nem pode imaginar.

“[A abelha] pode aprender a navegar por quilômetros em torno de sua colmeia. Eu ainda me perco voltando de trem para casa”, brincou o cientista.

De acordo com o cientista, é importante aprender com os animais.

“Uma água-viva ou um verme podem não ser Einstein, mas eles podem tolerar um nível de dano que mataria ou paralisaria um mamífero. Diferentes tipos de cérebro adaptam os animais a estilos de vida diferentes.”

Para Andrew Barron, os humanos têm muito a aprender com os animais. “Podemos aprender com eles enquanto tentamos criar novos tipos de para máquinas autônomas e inteligências artificiais.”

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Como foi a evolução

Para coordenar as ações dos primeiros organismos, foram analisadas as águas-vivas que têm redes neurais difusas, ótimas para coordenar um corpo e podem sobreviver a danos massivos. Mas essas redes não são boas para reunir informações.

O segundo passo consistiu no desenvolvimento de um sistema nervoso centralizado, com um cérebro capaz de atuar como um coordenador mestre e combinar informações de diferentes sentidos. Foram observados vermes, sanguessugas e tardígrados estão nesta categoria.

O terceiro verificou um cérebro com recorrência, ou retroalimentação (feedback). Foram analisadas as abelhas que podem aprender rapidamente diferentes tipos de arte, reconhecer conceitos abstratos e navegar usando cérebros que incorporam uma retroalimentação rápida sobre suas ações.

O quarto passo evolutivo formou um cérebro com múltiplos sistemas recorrentes, realimentando informações com e entre cada sistema.

Neste quarto passo, foram observados pássaros, ratos, e cães que fazem um processamento paralelo massivo de informações, usando a mesma informação de várias maneiras diferentes ao mesmo tempo, e reconheçam as relações entre diferentes tipos de informações.

Cérebros podem modificar a própria estrutura

A pesquisa observou também o que foi denominado de reflexão. É a reflexão, no sentido da chamada plasticidade cerebral.

Os cérebros podem modificar a própria estrutura computacional de acordo com o que é necessário.

Um cérebro reflexivo pode aprender o melhor fluxo de informações para uma tarefa específica e modificar a forma como processa as informações em tempo real para concluir essa tarefa da maneira mais rápida e eficiente.

O cérebro humano é reflexivo, viabilizando nossa imaginação, nossos processos de pensamento e nossa rica vida mental.

Foi aí que se abriu o espaço para o uso da simbólica, ajudando na comunicação e na coordenação e na compreensão de uns com os outros.

Os cinco passos para a vida inteligente

De acordo com os pesquisadores da Austrália, os cinco passos para a vida inteligente se sustentam em:

A evolução do cérebro continua até hoje em humanos e animais - Foto: Michelle Raponi por Pixabay

A evolução do cérebro continua até hoje em humanos e animais – Foto: Michelle Raponi por Pixabay

Com informação do Diário da Saúde

Fonte: sonoticiaboa

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