O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, tem utilizado veículos de comunicação estatais e o Ministério Público para silenciar jornalistas críticos à ditadura de Caracas.
A campanha de difamação de Nicolás Maduro contra jornalistas críticos também alcança as redes sociais. No ambiente on-line, robôs e contas falsas são usados para atacar e desacreditar aqueles que são críticos ao regime comunista.
O caso do jornalista e líder comunitário Carlos Julio Rojas, preso sob a acusação de estar envolvido em um suposto plano para assassinar Nicolás Maduro, é um exemplo alarmante da perseguição venezuelana contra aqueles que ousam criticar o chavismo.
Além de Rojas, outros cinco jornalistas foram perseguidos e julgados no país, sem a devida investigação ou o exercício do direito à defesa. Eles receberam acusações de crimes de ódio, traição à pátria e terrorismo.
Relatório de violações e fechamento de rádios na ditadura de Nicolás Maduro
Nos primeiros quatro meses deste ano, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) da Venezuela documentou cerca de 51 casos de violações ao direito à liberdade de expressão e informação.
De acordo com a entidade, o país contou também com o fechamento de 11 estações de rádio, o meio de comunicação com maior alcance no país.
O relatório mais recente da organização Espacio Público, que cataloga ataques contra a venezuelana, revela que, em 2023, foram registradas 384 denúncias de violações à liberdade de expressão de comunicadores.
“O medo, as dificuldades no acesso à informação, o uso da lei para punir expressões dissidentes e a autocensura são fatores que enfraquecem o já reduzido ecossistema de mídia”, constatou o SNTP.
Veículos estatais e desinformação
A é um exemplo disso. Ela tem sido utilizada para disseminar desinformação e atacar jornalistas independentes e de veículos críticos que têm o histórico de reportar casos contra o regime chavista.
Conforme o site argentino Infobae, a jornalista chavista identificada como Emma Carolina Agurto Arévalo é uma das figuras centrais nesta campanha de difamação contra comunicadores opositores.
Segundo o site, ela coordena uma rede de pessoas que são pagas para desenvolver narrativas contra aqueles que ousam criticar Caracas.
O Ministério Público venezuelano, liderado pelo procurador-geral chavista Tarek William Saab, tem sido uma ferramenta crucial nessa perseguição. O regime de Maduro utiliza o órgão e Saab para fazer acusações contra jornalistas e ativistas.
A ditadura venezuela chega a acusá-los até mesmo de fazer parte de uma conspiração e tentativas de assassinato contra figuras da ditadura chavista.
A estratégia, que inclui acusações infundadas e ataques pessoais contra esses comunicadores, é orquestrada diretamente do Palácio de Miraflores, sede do regime.
Fonte: revistaoeste