A Anistia Internacional (AI) pediu à comunidade internacional que se empenhe para barrar os novos abusos do ditador Daniel Ortega, da Nicarágua, que declarou 317 pessoas como apátridas.
“Está claro que o governo de Daniel Ortega aprofunda sua política sistemática de repressão com esta nova onda de táticas repressivas, razão pela qual convocamos com urgência a comunidade internacional a redobrar seus esforços diante desses novos abusos”, disse Erika Guevara, diretora de AI para as Américas.
A diretora pediu que sejam usados todos os meios para defender os opositores da ditadura. “Todos os mecanismos disponíveis para apoiar, proteger e respaldar os defensores dos direitos humanos e as vozes críticas ao governo de Ortega, que tiveram sua nacionalidade retirada”, ressaltou.
Os escritores Sergio Ramírez e Gioconda Belli; o bispo auxiliar de Manágua, Silvio Báez; a veterana defensora dos direitos humanos Vilma Núñez, o jornalista Carlos Fernando Chamorro, o ex-comandante Luis Carrión e outros ex-companheiros de Ortega também constam na lista de nicaraguenses declarados apátridas pelas autoridades judiciais do país.
Erika considera que o exílio, acordado entre Ortega e o presidente dos Estados Unidos, Jor Biden, é o novo padrão de violação dos direitos humanos do governo sandinista. No início do mês de fevereiro, , marcando uma das maiores libertações de prisioneiros que envolvem os Estados Unidos.
“Nesta nova onda de violações dos direitos humanos, Daniel Ortega tenta substituir a prisão injusta daqueles que levantam a voz e defendem os direitos pelo exílio forçado, despojando cruelmente os direitos de centenas de nicaraguenses e reforçando sua política de terror e repressão para aniquilar qualquer dissidência”, disse.
Fonte: revistaoeste