A começa o ano de 2024 enfrentando uma grande crise financeira. Em carta que circulou internamente na instituição, a cúpula avisou que precisaria fechar escritórios, congelar contratações e cortar gastos para diversos programas. A informação é do portal UOL.
“Começaremos 2024 com um déficit de caixa significativo, que terá corroído a maior parte de nossas reservas de liquidez do orçamento regular”, alertou Chandramouli Ramanathan, controlador e secretário-geral-adjunto para Planejamento, Finanças e Orçamento de Programas.
De acordo com ele, a restrição temporária de contratações desde julho e “uma leve desaceleração nos gastos” no último trimestre ajudaram a evitar cortes nos pagamentos, tanto de funcionários quanto de terceiros.
Essa foi a terceira carta que Ramanathan enviou às diversas equipes da ONU em um período de seis meses, segundo o UOL. Em julho, ele alertou que a “deterioração da situação de liquidez do orçamento regular” exigiria “algumas restrições”.
O controlador também informou que está em contato constante com os Estados membros que ainda não pagaram suas contribuições integralmente.
“Temos um risco real de que nossas reservas de liquidez do orçamento regular se esgotem, e podemos correr o risco de até mesmo esgotar o excedente de caixa que a Assembleia-Geral nos autorizou a usar excepcionalmente, se necessário”, revelou, em texto.
Em mensagem aos funcionários, na última quinta-feira, 4, a direção da ONU avisou que sua sede em Genebra, na Suíça, seria temporariamente fechada, até o dia 15 de janeiro. Para controlar os custos operacionais, os funcionários estão trabalhando de casa.
A fim de diminuir o consumo de energia, a instituição tomou, desde outubro, medidas como o desligamento de escadas rolantes e a restrição de temperatura de aquecimento, que não poderia passar dos 20,5º. A ONU também fechou as suas estações de recarga de carros elétricos no seu estacionamento para cumprir “restrições orçamentárias”
Fazem parte da lista de membros da ONU 193 países, mas nem todos estão cumprindo seus compromissos financeiros com a entidade. Segundo Ramanathan, as nações começaram 2024 com um débito de US$ 329,7 milhões.
Somente em 30 de setembro de 2023, os Estados Unidos deviam cerca de US$ 930 milhões, o maior valor entre as nações. Enquanto isso, o débito da China girava em torno de US$ 246 milhões.
Na contramão das maiores potências econômicas mundiais, o quitou 100% das suas dívidas com órgãos internacionais no final de 2023. De acordo com o Ministério do Planejamento e Orçamento, R$ 4,6 bilhões foram destinados a diversas instituições.
Somente à ONU, o governo pagou a quantia de R$ 289 milhões, para quitar passivos de R$ 1,1 bilhão relativos às missões de paz da organização.
Com as contas no vermelho, o país registrou um déficit de R$ 114,6 bilhões, de janeiro a novembro de 2023.
Fonte: revistaoeste
