Ao menos 141 opositores da ditadura de Daniel Ortega, na Nicarágua, estão presos. A organização não governamental (ONG) divulgou os números nesta quinta-feira, 13.
Os dados também mostram que, dos presos políticos, 23 são mulheres e 118 homens. Ainda segundo o relatório, 18 são idosos “que são mantidos em condições desumanas, sem respeito aos direitos humanos”.
De 16 de abril a 31 de maio de 2024, foram registradas, de acordo com a ONG, 18 detenções arbitrárias, por razões de perseguição política.
Relatos de maus tratos e desaparecimentos forçados na Nicarágua
Segundo a organização, há relatos constantes de presos que não têm acesso aos tratamentos médicos adequados. Além disso, as denúncias de baixa qualidade dos alimentos e da água persistem.
A ONG também denunciou que três prisioneiros políticos estão em estado de desaparecimento forçado. Isso significa que não há nenhuma informação fornecida pelas autoridades policiais, sobre sua situação legal ou física. Os parentes deles não conseguem obter prova de vida.
Lista de presos políticos
A lista de presos políticos inclui os ex-deputados nicaraguenses Miskito Brooklyn Rivera e Nancy Elizabeth Henríquez James. O jornalista e colaborador do Canal 10 da televisão nicaraguense Víctor Ticay também está encarcerado.
Também estão presos o filósofo, sociólogo e professor Freddy Quezada; a ex-líder da oposição Olesia Auxiliadora Muñoz Pavón; e o líder estudantil Jasson Salazar.
Crise política na ditadura de Ortega
A Nicarágua passa por uma crise política e social desde abril de 2018. O conflito se agravou depois das polêmicas eleições gerais de 7 de novembro de 2021.
Na ocasião, Ortega foi reeleito para um quinto mandato consecutivo, com seus principais concorrentes na prisão. Posteriormente, ele os expulsou do país e os privou de sua nacionalidade e direitos políticos.
Fonte: revistaoeste