Num ato histórico, a Olimpíada de Paris 2024 será a primeira edição a alcançar a paridade numérica de gênero nas competições – isso significa ter o mesmo número de atletas femininos e masculinos.
A participação de mulheres nos Jogos tem crescido consistentemente ao longo dos anos, com representação de apenas 2,2% em 1900, na França, e recorde de 48% em 2020, em Tóquio.
“Estamos prestes a celebrar um dos momentos mais importantes da história das mulheres nos Jogos Olímpicos e no esporte em geral”, disse o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach.
Desafios do esporte feminino
De acordo com um relatório de 2021 sobre igualdade e inclusão de gênero, o COI identificou três desafios principais exclusivos do esporte feminino.
São eles: a sub-representação, falta de reconhecimento e a tendência de serem inicialmente identificadas como mulheres, esposas ou mães antes de serem reconhecidas como atletas.
Ainda segundo a pesquisa, apenas 4% do conteúdo da mídia esportiva se concentra em atletas femininas.
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Mudança
Há 100 anos, a maioria dos esportes olímpicos eram exclusivamente praticados por homens.
Mas a participação recorde de mulheres nos jogos de Paris abre uma oportunidade para mudar a narrativa e desafiar os estereótipos.
Para isso, o campeonato vai incluir os dois gêneros em 28 das 32 modalidades. Das provas com medalhas, 152 serão femininas, 157 masculinas e 20 mistos.
Isso garante que mais da metade de todas as provas serão abertas a atletas femininas.
Primeira brasileira
Foi só em 1932, nas Olimpíadas de Los Angeles, que uma mulher brasileira participou dos jogos.
Com 17 anos, a nadadora Maria Lenk se tornou a primeira a competir não só pelo Brasil, mas também como a única sul-americana.
Até o momento, o Brasil garantiu 162 vagas para Paris 2024 em 29 esportes, sendo 101 femininas, 47 masculinas e 15 sem gênero definido.
Fonte: sonoticiaboa