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Novo exame de 6 minutos pode identificar demência quase uma década antes, com 80% de precisão

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Um estudo publicado na revista Nature um novo exame rápido que detecta 9 anos antes de os sintomas aparecerem. E mais: isso é em apenas 6 minutos de forma não invasiva.

Ele é feito dentro de uma máquina de ressonância magnética cerebral e faz o diagnóstico com 80% de precisão antes mesmo de os sintomas aparecerem.

“Esperamos que a medida da função cerebral que desenvolvemos nos permita ser muito mais precisos sobre se uma pessoa realmente desenvolverá demência e em quanto tempo, para que possamos identificar se ela pode se beneficiar de tratamentos futuros”, disse o neurologista Charles Marshall, professor da Universidade Queen Mary que liderou a equipe de pesquisa.

Não é invasivo

Segundo informou o The Guardian, O novo estudo foi feito por pesquisadores do Centro de Neurologia Preventiva da Universidade de Queen Mary e da , ambas no Reino Unido.

O teste criado pelos cientistas britânicos consegue prever a demência antecipadamente por meio da análise de um exame de imagem de ressonância magnética cerebral.

E o melhor: o método não é invasivo, informou a revista Nature Mental Health.

“a ressonância é uma ferramenta de imagem médica não invasiva e leva cerca de seis minutos para coletar os dados necessários em um scanner de ressonância magnética, portanto, pode ser integrada aos caminhos de diagnóstico existentes, especialmente onde a ressonância magnética já é usada”, disse Samuel Ereira, também autor do trabalho e pesquisador da universidade britânica.

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Como conseguiram

A equipe analisou exames de 1,1 mil britânicos disponíveis no UK Biobank, um banco de dados de saúde do Reino Unido.

Desses, 103 eram de pacientes que já tinham demência ou que não tinham um diagnóstico no momento do exame, mas desenvolveram a condição anos depois.

Outros 1.030 foram indivíduos saudáveis que entraram para comparação no grupo controle.

Aí, os cientistas analisaram as alterações na primeira rede neural a ser afetada pela doença de Alzheimer:  a rede de modo padrão do cérebro ().

Esta é a área que conecta regiões do órgão para realizar funções cognitivas específicas.

Depois, atribuíram a probabilidade de cada paciente desenvolver, ou já ter, demência. Em seguida, relacionaram essa previsão com dados médicos para comparar se os dados dos exames correspondiam aos voluntários diagnosticados com a doença.

Acerto de 80%

Deu certo. Os resultados mostraram um acerto de mais de 80%.

E mais: alguns exames indicaram a probabilidade de demência com até nove anos de antecedência.

Dentro da margem de erro de dois anos, os cientistas conseguiram prever exatamente quanto tempo levaria para sair o diagnóstico.

“Prever quem vai ter demência no futuro será vital para o desenvolvimento de tratamentos que possam evitar a perda irreversível de células cerebrais que causa os sintomas da demência. Muitas pessoas vivem por décadas com essas proteínas no cérebro sem desenvolver sintomas de demência”, disse o neurologista Charles Marshall.

O que é demência

A demência é uma síndrome com diversos quadros marcados pela perda cognitiva e de memória.

De 60% a 70% dos casos, são causados pela doença de Alzheimer, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A organização estima que hoje existam 55 milhões de pacientes com demência no mundo planeta e que esse número vai chegar a 139 milhões até 2050, um aumento de 150%.

A corrida agora é para encontrar novas terapias e impedir a evolução da demência.

É preciso que os tratamentos consigam interromper a neurodegeneração e retardar o declínio das atividades cerebrais.

E identificar pacientes que estão nesse estágio bem inicial, para que possam testar novas drogas.

O estudo que detecta demência 9 anos antes foi feito por pesquisadores do Centro de Neurologia Preventiva da Universidade de Queen Mary e da Universidade de Londres, ambas no Reino Unido. - Foto: Haydenbird/Getty Images

O estudo que detecta demência 9 anos antes foi feito por pesquisadores do Centro de Neurologia Preventiva da Universidade de Queen Mary e da Universidade de Londres, ambas no Reino Unido. – Foto: Haydenbird/Getty Images

Fonte: sonoticiaboa

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