Publicado na revista científica Nature Genetics, na quinta-feira 17, um estudo da Universidade de Cambridge tenta descobrir como o cérebro humano é organizado, além de saber de que maneira a composição genética de cada pessoa influencia no desenvolvimento do indivíduo.
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No total, os especialistas fizeram cerca de 40 mil exames cerebrais e identificaram mais de 4 mil variantes genéticas ligadas à estrutura cerebral.
O que os pesquisadores descobriram com o estudo do cérebro
Com essas propriedades identificadas, os cientistas estabeleceram vínculos entre as características observadas e as 180 regiões individuais do córtex.
“Queríamos saber se os mesmos genes que estão ligados ao tamanho do córtex — medidos tanto em volume quanto em área — também estão ligados às suas dobraduras”, disse Varun Warrier, um dos líderes da pesquisa.
O pesquisador explicou que, “ao medir essas diferentes propriedades e vinculá-las à genética, descobrimos que diferentes conjuntos de genes contribuem para a formatação do cérebro”.
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A equipe também verificou se esses são os mesmos genes responsáveis pelos quadros clínicos nos quais o tamanho da cabeça é muito maior ou menor que a média da população em geral, conhecidos como “cefálicos”.
No entanto, mesmo que tenham atestado que os genes ligados a diferenças no tamanho do cérebro na população em geral se sobrepõem aos implicados em condições cefálicas, os especialistas não conseguiram concluir como esses genes levam às alterações.
“Este trabalho mostra que a forma como nosso cérebro se desenvolve é parcialmente genética”, disse Warrier. “Nossas descobertas podem ser usadas para entender como as mudanças na forma e no tamanho do cérebro podem levar a condições neurológicas e psiquiátricas, potencialmente levando a um melhor tratamento e suporte para aqueles que precisam.”
Fonte: revistaoeste