As grandes plataformas de streaming americanas, como e , estariam boicotando séries e produções audiovisuais israelenses.
A denúncia foi feita pelo jornal israelense Haaretz e pela revista alemã Der Spiegel.
A teria interrompido a transmissão de várias séries israelenses, como a Border Patrol, adquirida em setembro, pouco antes dos ataques terroristas do do dia 7 de outubro.
A comédia israelense Through Fire and Water tinha de estrear na Netflix em novembro, mas foi postergada, sem data definida.
Segundo a produtora : “Os trailers deveriam ir ao ar no dia 10 de outubro. Dois dias antes disseram que tinham de verificar se era apropriado adiar a transmissão, porque era uma comédia e estávamos no meio de uma tragédia e de uma guerra”.
O seriado dramático Trust No One, cujo protagonista interpreta o chefe do serviço de inteligência interno Shin Bet, também foi adiado. Deveria ir ao ar em novembro, após a compra pela em setembro.
Estes são apenas alguns exemplos, explica . “Existem várias séries israelenses já compradas por emissoras estrangeiras que ficaram nas geladerias”.
Além da Netflix, Apple TV também estaria bloqueando as séries de Israel
A , por sua vez, teria pedido aos roteiristas do famoso seriado Tehran, que suspendessem a produção do texto.
A empresa comprou o produto, por US$ 20 milhões, dos produtores israelenses e já transmitiu as duas primeiras temporadas.
Segundo a Spiegel, um clima de incerteza está preocupando os produtores das séries, que não sabem mais o que as grandes plataformas estarão dispostas a adquirir de Israel.
Há anos Israel vem produzindo excelentes séries televisivas, capazes de circular e de serem adaptadas em todo o mundo.
Entre elas, Homeland e In Treatment, autênticas obras-primas que consagraram um modelo de produção original, inovador, nunca superficial no enredo.
Depois veio Fauda, que conta as façanhas e as tragédias da unidade de elite infiltrada nos .
Por sinal, uma das estrelas de , o ator e soldado reservista Idan Amedi, lutou em Gaza e acabou se ferindo.
Israel como a Rússia na indústria do entretenimento global?
Segundo o jornal Haaretz, “Israel corre o risco de acabar como a , que depois da guerra na se tornou persona non grata na indústria global do entretenimento e há uma espécie de boicote não declarado aos seus conteúdos e produtos”.
Além disso, existe um problema de dependência de financiamentos estrangeiros.
Nos últimos anos, os produtores se acostumaram de tal forma ao sucesso internacional que praticamente não iniciam um projeto sem antes captar fundos estrangeiros. As próprias emissoras locais lhe impõem essa pratica.
Fonte: revistaoeste