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Mulher é sentenciada à pena de morte no Vietnã por fraude de bilhões: entenda o caso

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Uma magnata do ramo imobiliário, Truong My Lan, foi condenada à pena de morte no Vietnã por envolvimento em uma fraude de US$ 27 bilhões — equivalente a R$ 136 bilhões, na cotação atual. A condenação ocorreu nesta quinta-feira, 11.

Truong participa de um dos maiores casos de fraude do Vietnã. Ela era executiva da imobiliária Van Thinh Phat, acusada de cometer crimes e prejudicar o Saigon Commercial Bank (SCB) durante cerca de dez anos. A magnata foi julgada por um júri, de acordo com a imprensa estatal.

“As ações dos acusados minaram a confiança do povo na liderança do Partido Comunista e do Estado”, afirmou o júri, em decisão.

A magnata foi presa em outubro de 2022, junto de outros 85 réus no caso. A investigação incluiu ex-chefes de bancos, ex-funcionários do governo e ex-executivos do SCB. O caso levou cinco semanas para ser julgado na cidade de Ho Chi Minh.

De acordo com o jornal O Globo, os réus são acusados de suborno, abuso de poder e até apropriação indébita e violação das leis bancárias. A empresária teria desviado US$ 12,5 bilhões, mas os promotores afirmam que os danos totais causados pelo esquema chegam a US$ 27 bilhões. O valor equivale a cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Vietnã em 2023.

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Truong negou as acusações e disse que os subordinados são culpados pelos crimes. As prisões dela e de outros réus aconteceram durante uma campanha nacional contra a corrupção.

Na semana passada, a empresária deu uma declaração final ao tribunal, quando sugeriu que havia pensado em suicídio. “Em meu desespero, pensei na morte”, disse Truong. “Estou com tanta raiva por ter sido estúpida o suficiente para me envolver neste ambiente de negócios cruel, o setor bancário, sobre o qual tenho pouco conhecimento.”

Vietnã tem costume de aplicar penas de morte

O Vietnã tradicionalmente aplica a pena de morte em casos de tráfico de drogas, mas é raro em crimes financeiros. Porém, o Estado considera segredo as estatísticas relacionadas à pena. Segundo a organização não governamental (ONG) Anistia Internacional, são realizadas “numerosas” execuções todos os anos no país.

O jornal local Tuoi Tre informou que os outros réus confessaram sua participação no crime. “De acordo com a promotoria, Truong My Lan desempenhou o papel de mentora, mas não admitiu seu crime”, relatou o jornal. “Foi teimosa, criticou seus subordinados e não expressou nenhum arrependimento.”

Ela era presidente da imobiliária Van Thinh Phat. No cargo, teria realizado golpes contra mais de 40 mil pessoas, entre 2012 e 2022. A empresa teria feito os crimes por meio de um esquema de empréstimos do SCB. A imobiliária tem o controle acionário do banco.

Fonte: revistaoeste

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