O da Argentina divulgou nesta quarta-feira, 14, o primeiro índice de inflação no país desde que Javier Milei assumiu a Presidência. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi de 20,6% em janeiro, ligeiramente menor do que a alta de 25,5% em dezembro. A desaceleração traz alívio ao libertário na batalha política com o Congresso.
Na semana passada, Milei sofreu uma derrota ao ter seu projeto de reforma econômica devolvido às comissões legislativas no Congresso por falta de apoio dos deputados de sua base.
Segundo o Indec, o maior aumento mensal em janeiro foi na categoria bens e serviços diversos, com 44,5%, seguida por transporte, com 26,3%, e comunicação, com 25,1%.
Parte dessa alta deve-se à retirada de subsídios anunciada pelo governo Milei em especial em transportes, telefonia e banda larga.
Por outro lado, saúde e alimentos — dois dos setores mais sensíveis –, restaurantes, habitação e serviços, e vestuário e educação apresentaram aumentos abaixo da média mensal.
Inflação ficou abaixo da expectativa dos analistas
Na terça-feira, 13, os especialistas do Banco Central da República Argentina (BCRA) fizeram o primeiro levantamento de Expectativas de Mercado (REM) e estimaram uma inflação de 21,9% para janeiro, o que acabou sendo ligeiramente menor.
A inflação anual na Argentina é de 254,2%, a maior desde 1990.
Milei afirma que inflação está em queda
Durante viagem recente a Israel, Vaticano e Itália, Milei disse que a inflação está em queda.
“Com o que estamos fazendo em termos fiscais, monetários e cambiais, estamos reconduzindo a taxa de inflação”, afirmou. “A inflação atacadista já está despencando.”
Apesar da fala positiva, o presidente não descartou um aumento pontual de preços.
“Questões pontuais podem ocorrer e fazer com que haja temporariamente um salto nos preços”, disse. “Mas, se continuarmos nesse caminho em que temos equilíbrio fiscal, o índice irá baixar.”
Ministro da Economia diz que inflação de fevereiro será ainda mais baixa
O ministro da Economia, Luis Caputo, também garantiu uma redução gradual da inflação.
“A maioria dos economistas previa 30% em dezembro, 30% também em janeiro e 20% em fevereiro”, disse. “No entanto, em dezembro foi de 25%, em janeiro em torno de 20% e em fevereiro ficará abaixo de 20%. Está vindo significativamente abaixo do esperado.”
Fonte: revistaoeste