Um relatório publicado nesta terça-feira, 11, pela Microsoft e pela desenvolvedora de softwares Citizen Lab, da Universidade de Toronto, afirma que ferramentas de hacking de uma empresa israelense foram usadas contra jornalistas, figuras de oposição e organizações não governamentais em pelo menos 10 países, incluindo na América do Norte e Europa.
Segundo o relatório da Citizen Lab, diversas vítimas da sociedade que foram identificadas tiveram seus iPhones hackeados enquanto usavam um software de vigilância desenvolvido pela empresa israelense QuaDream, uma concorrente da também israelense NSO Group, colocada na lista negra do governo dos Estados Unidos por acusações de abuso.
Em documento, a Microsoft afirma acreditar com “alta confiança” que o spyware estava “fortemente ligado a QuaDream”. A conselheira geral associada da Microsoft, Amy Hogan-Burney, afirmou em um comunicado que grupos de hackers mercenários continuam a prosperar “nas sombras” e que divulgá-los é extremamente essencial “para interromper essa atividade”.
Até o momento, a QuaDream não se pronunciou sobre as alegações. Em 2022, a agência de notícias Reuters publicou que a empresa havia desenvolvido anteriormente uma ferramenta de hacking sem necessidade de interação, semelhante aos programas implantados pela NSO.
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Essas ferramentas de invasão sem necessidade de interação, conhecidas como “zero-click”, são valorizadas por criminosos, espiões e agências da inteligência porque podem comprometer dispositivos remotamente sem que o proprietário precise abrir algum link ou baixar algum arquivo corrompido.
Apesar das descobertas, nem o Citizen Lab nem a Microsoft identificaram os alvos do software da QuaDream, no entanto, as alegações podem ser prejudiciais para a empresa. Os relatório foram divulgados logo após o anúncio de repressão à indústria internacional de spyware pelo presidente dos EUA, Joe Biden.
Em março, por exemplo, a casa branca anunciou que iria restringir a compra de software de vigilância por agências americanas se os programas estivessem sendo usados por governos repressivos no exterior.
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Fonte: Veja