Um relatório toxicológico, divulgado nesta sexta-feira, 15, pelo Departamento Médico da Cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos, concluiu que Matthew Perry morreu por efeitos agudos da quetamina. A partir deste diagnóstico, a morte foi determinada como um acidente.
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A quetamina é uma substância utilizada para o tratamento de quadros de depressão e vícios em drogas. Como medicamento, ela serve como uma dose de anestesia, alivia sintomas de dores, preserva a respiração e estimula a atividade do coração.
Segundo o documento, o quadro do ator também se agravou por alguns fatores externos, como uma doença arterial e os efeitos da buprenorfina, medicamento usado para tratar o vício em opióides.
Perry tomava comprimidos para conseguir gravar
Para conseguir gravar a sétima temporada de “Friends”, o ator tomava comprimidos de Vicodin, analgésico à base de opióides. Perry também teve problemas com o álcool desde os 18 anos.
O artista morreu em 28 de outubro, na cidade de Los Angeles, aos 54 anos. A polícia encontrou o corpo do ator em sua banheira de hidromassagem. Ele foi enterrado em 3 de novembro, no cemitério Forest Lawn Memorial Park, também em Los Angeles.
Autobiografia de Matthew Perry foi o livro mais vendido da Amazon Brasil depois da sua morte
Menos de 24 horas depois da morte do ator, sua autobiografia Amigos, amores e aquela coisa terrível se tornou o livro mais vendido na Amazon Brasil. A obra foi publicada em 2022.
Quando Perry iniciou a carreira de ator, seu pai lhe deu de presente o livro Acting with style (Atuando com estilo, em tradução livre). Cantor e intérprete, John Bennett Perry escreveu na dedicatória: “Outra geração foi atirada para o inferno. Com amor, pai”.
A dedicatória pareceu um presságio
A mensagem parecia um presságio. Apesar da carreira brilhante e dos milhões de dólares faturados, a vida pessoal de Perry foi um pesadelo cercado por vício em opióides, álcool e cigarros.
Por vezes fascinante e perturbador, o livro de memórias do ator relata sua guerra interior para se manter sóbrio e conseguir atuar.
Foram cerca de 6 mil reuniões de Alcoólicos Anônimos
Perry calcula que participou de pelo menos 6 mil reuniões de Alcoólicos Anônimos (AA) e passou por 65 sessões de desintoxicação para tentar ficar sóbrio. A batalha custou cerca de US$ 7 milhões.
Ele explica na autobiografia por que o seu corpo já estava no limite. O abuso de opióides causou uma constipação crônica tão pesada que levou à perfuração do seu intestino. Para sobreviver, o ator precisou se submeter a 14 cirurgias.
Fonte: revistaoeste