O presidente Lula ignorou os convites feitos pelos presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e dos Estados Unidos, Joe Biden, para realizar reuniões bilaterais entre os países. O petista está no Japão, onde participa da cúpula do G7. A agenda oficial do chefe do Executivo já foi divulgada, mas não há previsões de conversas entre os líderes, apesar dos pedidos de Biden e Zelensky.
A participação presencial de Zelenski no evento tem servido para pressionar países não alinhados às políticas ocidentais, como Índia e Indonésia, a sinalizar maior apoio aos ucranianos, já que esses países não são signatários das sanções impostas à Rússia desde o início da invasão, ainda no ano passado.
A postura de Lula de não participar das reuniões chama ainda mais atenção diante do fato de que o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, se encontrou com Zelensky neste sábado, 20.
Os EUA, que também buscam uma postura mais contundente do Brasil, seguem sem resposta, ainda que integrantes do governo americano tenham falado sobre o convite abertamente.
Pressão dos EUA sobre Lula
O conselheiro de segurança americano, Jake Sullivan, afirmou que Joe Biden quer conversar com os presidentes da Índia e do Brasil sobre o conflito na Ucrânia.
Quando interpelado por jornalistas se haveria pressão do presidente norte-americano para que Lula e Modi fossem mais contundentes com relação à Rússia, Sullivan foi diplomático.
“Acho que pressão é a palavra errada. Quero dizer, não é assim que o presidente Biden opera com esses líderes importantes com quem ele tem relacionamentos profundos, como o presidente Lula e o presidente Modi”, declarou.
Fonte: revistaoeste