O candidato libertário à Presidência da Argentina, Javier Milei, declarou na última quinta-feira, 15, que o papa Francisco é tem uma “grande afinidade com os ditadores comunistas, assassinos”.
Milei atacou o papa Francisco durante uma entrevista concedida ao jornalista americano Tucker Carlson.
Segundo o político argentino, o papa “demonstrou grande afinidade com ditadores, como (Fidel) Castro ou como (Nicolás) Maduro. Ele está do lado das ditaduras sedentas de sangue”.
Para Milei, o líder da Igreja Católica “não condena” os ditadores de esquerda. “Ele é bastante condescendente com eles”, declarou, “com todos os da esquerda, mesmo que sejam verdadeiros criminosos”.
Para Milei, o papa Francisco também “considera a justiça social como um elemento central”, escolha que o político argentino define como “complicada”.
“O que é a justiça social? É roubar de uma pessoa o fruto de seu trabalho e dar isso a outra. Consequentemente, é roubo. E o roubo é contra os dez mandamentos”, disse o candidato, que afirma a sua cultura católica. “Endossar a justiça social significa endossar o roubo.”
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“Assim como é contrário ao Antigo Testamento tratar as pessoas de forma diferentes perante a lei. Não me parece certo que o Estado, que goza do monopólio do uso da força, possa recompensar algumas pessoas e punir outras”, explicou.
Milei, líder do partido “A liberdade avança“, é o favorito nas pesquisas de intenção de voto para a eleição do dia 22 de outubro.
O libertário não decepcionou seus apoiantes, atacando a “casta” política argentina, prometendo corrigir a inflação galopante, classificando o aborto como imoral e questionando a ciência por trás das alterações climáticas.
Milei também prometeu “não fazer negócios com a China” nem “qualquer comunista” – uma definição que ele disse incluía o russo Vladimir Putin e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Milei se declara contrário ao aborto
O economista libertário também deu a sua opinião sobre o aborto. “Acreditamos que o liberalismo se baseia no respeito irrestrito pela vida do outro, baseado no princípio da não agressão e na defesa do direito de viver e ser livre.
“Um dos pilares [do liberalismo] é a defesa do direito de viver, e também há uma explicação científica: a vida começa na concepção, forma-se um novo ser com um DNA distinto. É verdade que a mulher tem direito sobre o seu próprio corpo, mas essa criança não é o seu corpo. Portanto, o aborto é um homicídio agravado pelos laços familiares e pela diferença de força relativa, explicou Milei.
Fonte: revistaoeste