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Israel revela plano para reconstrução de Gaza pós-guerra sob liderança de Netanyahu

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apresentou ao gabinete de segurança, na noite desta quinta-feira, 22, o primeiro plano oficial do país para a gestão de Gaza depois da guerra. O documento prevê a instalação de “autoridades locais” não afiliadas ao terrorismo para administrar os serviços na Faixa.

A “curto prazo”, o plano estabelece que as continuarão a guerra até alcançar seus objetivos, que são a destruição das capacidades militares e infraestrutura governamental do Hamas e da Jihad Islâmica; o retorno dos reféns sequestrados em 7 de outubro e a remoção de qualquer ameaça à segurança da Faixa de Gaza a longo prazo.

A médio prazo

Na classificação de médio prazo, as FDI manterão liberdade de operação indefinida em toda a Faixa para evitar o ressurgimento de atividade terrorista.

Ainda nessa fase intermediária, conforme o plano, o governo israelense manterá o controle de segurança “sobre toda a área a oeste do Jordão”, em terra, ar e mar, para “evitar o fortalecimento de elementos terroristas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, e frustrar ameaças em direção a Israel”.

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Kibutz Kfar Aza Na Fronteira Com A Faixa De Gaza Após O Ataque Terrorista Do Hamas Em 7 De Outubro, Em Israel. Militantes Queimaram As Casas, Mataram E Sequestraram Israelenses Desse Lugar (27/10/2023) | Foto: Roman Yanushevsky/Shutterstock

“Desradicalização”  

O documento acrescenta que Israel também promoverá um “plano de desradicalização em todas as instituições religiosas, educacionais e de assistência social em Gaza”.

Para isso, as autoridades israelenses pretendem contar com o envolvimento e a assistência de países árabes que têm experiência em promover a eliminação do extremismo.

Fronteira de Israel com Egito e Gaza

O documento afirma que Israel vai impor, com assistência dos Estados Unidos e cooperação do Egito, “na medida do possível”, um “fechamento do sul” (na fronteira) para evitar a retomada da atividade terrorista.

A fronteira entre o Egito e Gaza tem sido assolada pela atividade de contrabando.

De acordo com o jornal The Times of Israel, o Cairo teria resistido aos apelos do governo israelense para assumir o controle do corredor de Filadélfia, ao longo da fronteira entre o Egito e Gaza. Porém, segundo informações de diplomatas norte-americanos e árabes ao jornal hebraico, existe uma possibilidade de flexibilização nesse sentido.

Agência da ONU, UNRWA

Outro aspecto-chave do documento de Netanyahu é o fechamento da agência de auxílio da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA (título em inglês).

O documento ressalta o envolvimento de 12 funcionários do órgão no ataque de 7 de outubro e afirma que Israel trabalhará para substituir a agência por “organizações internacionais de auxílio responsáveis”.

Autoridade Palestina

Ainda conforme a imprensa israelense, embora não mencione a Autoridade Palestina (AP), o documento é, em grande parte, uma coleção de princípios que o premiê vinha afirmando desde o início da guerra. Entretanto, é a primeira vez que eles foram formalmente apresentados ao gabinete de segurança para aprovação.

Sem muitos detalhes, o texto afirma que os assuntos civis em Gaza serão administrados por “autoridades locais” que possuem “experiência administrativa”, sem ligação com “países ou entidades que apoiam o terrorismo”.

A comunidade internacional está pressionando para que a AP eventualmente governe Gaza.

Hamas, Eliminado, Joe Biden
O Presidente Dos Eua, Joe Biden, E O Primeiro-Ministro Israelense, Benjamin Netanyahu, Têm Conversado Pelo Telefone Desde Os Ataques Terroristas, No Sábado 07 | Foto: Reprodução Rede Social

Em seus discursos, Netanyahu já afirmou que não permitirá que a AP retorne para governar Gaza. Em outras ocasiões, entretanto, o premiê não descartou a possibilidade de que poderia conviver com uma AP reformada, nos moldes que o governo dos Estados Unidos tem proposto.

Um oficial israelense argumentou aos jornais hebraicos que a AP não deveria ser incluída no governo pós-guerra, considerando “sua falha em condenar o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro”, que resultou na morte de 1,2 mil pessoas e fez 253 reféns.

O programa de bem-estar da AP inclui pagamento a terroristas condenados e suas famílias.

O gabinete de Netanyahu afirmou que o documento foi redigido com base em princípios amplamente aceitos pelo público. Os assessores do premiê destacaram que o plano servirá como base para futuras discussões sobre a gestão pós-guerra de Gaza.

Fonte: revistaoeste

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