Representantes do informaram, nesta quinta-feira, 5, que os reféns libertados pelo Hamas receberam tranquilizantes antes de serem entregues à Cruz Vermelha para a transferência a Israel. De acordo com as autoridades israelenses, o objetivo era “fazer as vítimas parecerem calmas, felizes e otimistas” depois de mais de 50 dias de cativeiro.
A revelação foi passada durante uma sessão especial do comitê de saúde do Parlamento israelense (Knesset). A chefe da divisão médica do Ministério da Saúde, dra. Haga Mizrahi, mencionou especificamente o medicamento clonazepam, principio ativo do Rivotril (Em Israel conhecido como Clonex.)
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A médica não informou se a administração do medicamento foi confirmada por exames de sangue realizados nos ex-reféns ou se foi baseada nos depoimentos dos libertos – ou ainda ambas situações.
Os primeiros a serem ouvidos pelo comitê, foram os familiares das vítimas. De acordo com a imprensa israelense, eles também abordaram a questão da administração do medicamento antes da libertação pelo Hamas.
Deputado pede que Ministério da Saúde divulgue as condições médicas dos ex-reféns para organizações internacionais
O deputado Yonatan Mashriki, do Shas, partido político que representa principalmente os judeus, quer que o Ministério da Saúde envie às organizações de saúde ao redor do mundo um relatório detalhando as evidências da dopagem dos ex-reféns. O parlamentar sugere que o texto inclua também outras na volta a Israel.
O que diz a bula do Clonazepam
De acordo com os médicos, a droga é utilizada para prevenir e tratar transtornos de ansiedade, convulsões, mania bipolar, agitação associada à psicose e transtorno obsessivo-compulsivo.
A bula do medicamento diz que ele serve para a “inibição leve de várias funções do sistema nervoso, permitindo uma sedação, relaxamento muscular e efeito tranquilizante”.
O fabricante informa que a dose única começa a ter efeito entre 30 e 60 minutos após a administração; e continua eficaz por até 8 horas em e até 12 horas em adultos.
Fonte: revistaoeste