Uma pesquisa recente revelou que a inteligência artificial (IA) pode identificar até 13% a mais de casos de câncer de mama em comparação com os médicos. O estudo foi realizado na Hungria e utilizou uma ferramenta de IA chamada Mia, desenvolvida pela Kheiron Medical Technologies.
Os resultados mostraram melhorias nas taxas de detecção de câncer de mama em todas as fases do estudo. Além disso, a IA também oferece a possibilidade de agilizar as análises e economizar tempo na leitura de exames.
“Nosso estudo mostra que o uso de IA pode atuar como uma rede de segurança eficaz – uma ferramenta para evitar que sinais mais sutis de câncer passem despercebidos”, disse Ben Glocker, coautor do estudo.
Resultados positivos em todas as fases
O estudo foi dividido em três partes.
Em cada uma, os radiologistas usaram a inteligência artificial de maneiras diferentes.
Os resultados mostraram que houve melhorias nas taxas de descoberta de câncer de 5%, 10% e 13%, comparando com a leitura tradicional feita por pelo menos dois médicos.
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Mais precisão e agilidade
A maioria dos cânceres encontrados eram do tipo invasivo, o que significa que poderiam se espalhar para outras partes do corpo.
O estudo mostra que a inteligência artificial pode ajudar a identificar esses tecidos cancerígenos com mais precisão e também acelerar o processo de diagnóstico.
Com a Mia seria possível economizar até 45% do tempo gasto na leitura de exames de câncer de mama, afirmam os pesquisadores.
Pensando no futuro…
Outra pesquisa da Suécia, divulgada no final de agosto, descobriu que usar inteligência artificial para analisar mamografias resultou em uma taxa de detecção de câncer semelhante à leitura feita por dois humanos.
Embora o uso da IA na detecção de câncer de mama seja promissor, ainda existe muito espaço para o desenvolvimento e aprimoramento das pesquisas.
“O estudo enfatiza a natureza complementar da IA e dos radiologistas, prevendo um futuro colaborativo que aproveite os pontos fortes de ambos”, disse a Dra. Katharine Halliday, presidente do Royal College of Radiologists do Reino Unido.
Com informações de Financial Times.
Fonte: sonoticiaboa