Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, ameaçou atacar o Chipre, uma pequena ilha do Mediterrâneo. Isso porque o país, integrante da União Europeia (UE), é apoiador de Israel. A declaração do terrorista libanês ocorreu durante um discurso televisionado na quarta-feira 19.
“Chipre também fará parte desta guerra se abrir os seus aeroportos e bases às forças israelenses”, afirmou Hassan Nasrallah, líder do grupo apoiado pelo Irã. A declaração se deu um dia depois de Israel ter alertado para a perspectiva de “uma guerra total” no Líbano estar “chegando muito perto.”
O ataque pode ocorrer caso o país auxilie Israel em um possível conflito com o grupo libanês. No entanto, o presidente cipriota, Nikos Christodoulides, negou envolvimento em tal guerra.
A prontamente defendeu Chipre dos ataques do líder do Hezbollah. O bloco afirmou que considera qualquer ameaça a um Estado-membro é como uma ameaça a toda a UE.
A Grécia também expressou “solidariedade total” com o Chipre, ao afirmar, no Twitter/X, que “a ameaça de uso da força é uma violação flagrante da Carta das Nações Unidas”.
Chipre, situado entre o oriente médio e a Europa, mantém laços diplomáticos com Tel-Aviv e tem sido utilizado por Israel para treinamento de suas tropas. A ilha tem se engajado em iniciativas humanitárias para ajudar a Faixa de Gaza.
“As declarações não são agradáveis, mas não correspondem de forma alguma ao que se tenta apresentar, uma imagem de que o Chipre está envolvido nas operações de guerra”, alertou Nikos Christodoulides. “De forma alguma.”
Hezbollah ameaça Israel: “Não haverá lugar a salvo de nossos mísseis”
Hassan Nasrallah declarou que, em caso de guerra, “não haverá nenhum lugar a salvo de nossos mísseis e drones”.
O líder do Hezbollah declarou que possui uma lista de alvos estratégicos que podem ser atingidos com precisão. “Israel sabe que o que o espera no Mediterrâneo é muito grande”, disse. “Diante de uma batalha desta magnitude, deve esperar por nós por terra, ar e mar.”
O conflito entre Israel e Hezbollah, que já dura oito meses, ocorre paralelamente à guerra entre Israel e Hamas.
Fonte: revistaoeste