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Governo Milei adotará política rigorosa contra manifestantes que bloquearem ruas na Argentina

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O governo do novo presidente argentino, Javier Milei, anunciou nesta segunda-feira, 18, que vai endurecer o tratamento contra quem bloquear as ruas durante manifestações e protestos.

O anúncio foi feito pela ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, em mensagem de vídeo divulgada pelas redes sociais.

“Quem ir para manifestações e bloquear as ruas não vai receber”, declarou a ministra , “manifestar é um direito, mas circular também é”.

Com essa medida, o governo Milei concretiza o anúncio feito no discurso de posse, no 10 de dezembro.

“A ambição do Presidente Milei e de todo o governo é defender as mães, as crianças e as famílias que necessitam de assistência nestes tempos difíceis que o país atravessa”, declarou a ministra em sua mensagem.

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Pettovello referiu-se à manifestação convocada pelo grupo Unidad Piquetera para a próxima quarta-feira, 20, contra as medidas econômicas anunciadas pelo governo.

“Queremos dar tranquilidade aos beneficiários dos planos sociais. Eles deveriam saber que ninguém pode forçá-los a protestar com a ameaça de cancelar o benefício. Por este motivo, suspenderemos o controle de presença fornecido pelas organizações sociais”, declarou a ministra, “Reiteramos: os únicos que não receberão ao auxílios serão os que vão às manifestações e bloqueiam as ruas. Como disse o presidente: “quem bloqueia não recebe”.

Milei prometeu firmeza contra bloqueios

Pettovello anunciou que todos aqueles que “promoveram, instigaram, organizaram ou participaram dos bloqueios das ruas” perderão “todo tipo de diálogo com o Ministério do Capital Humano”.

A política também anunciou que seu ministério começará a auditar todas as organizações que implementam planos sociais. “Iniciaremos um processo para eliminar a intermediação”, explicou, “Acreditamos que é fundamental dar tranquilidade aos beneficiários dos planos. Eles deveriam saber que ninguém pode forçá-los a marchar com a ameaça de cancelar o ”.

Na Argentina muitas organizações sociais que intermediam a distribuição de subsídios governamentais pedem “certificados de presença” em manifestações. Uma forma de obrigar a população a participar de protestos que, caso contrário, não integraria.

Quem não comparecer e obter essa certidão pode perder o benefício.

Entre os principais benefícios sociais na Argentina estão a Asignación Universal por Hijo ( semelhante ao ) e o cartão alimentação.

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A ministra anunciou que irá suspender “o controle dos certificados de presença emitidos pelas organizações sociais” e essas entidades “não poderão mais cancelar os planos”.

Pettovello destacou que “os beneficiários dos planos sociais podem denunciar ao 138 se o seu plano for cortado por não comparecerem a uma marcha”.

O anúncio da ministra do Capital Humano ocorre poucos dias após a divulgação de um protocolo por parte da ministra da Segurança, Patricia Bullrich, que visa impedir bloqueios de ruas, vias e pontes em manifestações na cidade de Buenos Aires, epicentro dos grandes protestos na Argentina.

Durante a campanha eleitoral, o então candidato Javier Milei tinha prometido que não toleraria mais o caos nas ruas das cidades argentinas, na base do slogan “quem aprontar, vai pagar”.

Fonte: revistaoeste

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