Sem criticar o ditador Nicolás Maduro, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva emitiu uma nota, nesta terça-feira, 26, na qual registra “expectativa e preocupação” com as eleições na Venezuela. O posicionamento do Executivo brasileiro se deu por meio de comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
“Esgotado o prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas, na noite de ontem, o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país”, afirmou, em nota, o ministério.
Corina Yoris, principal opositora de Maduro, foi impedida pela ditadura de participar das eleições na Venezuela
Conforme mostrou nesta terça-feira, o regime ditatorial de Maduro não permitiu que a principal frente de oposição da Venezuela, encabeçada pelos partidos MUD e UNT, . Esse é o órgão responsável pelas eleições no país — equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral no Brasil.
O prazo para registros de candidaturas para o cargo de presidente da Venezuela terminou às 23h59 de segunda-feira 25. Com isso, Corina, escolhida por Maria Corina Machado para ser sua substituta no pleito, ficou fora da disputa.
Por causa disso, concedeu uma entrevista coletiva nesta terça-feira para falar sobre o tema. “Todos os venezuelanos sabem que fizemos de tudo, fizemos o que era correto”, disse ela, na coletiva. “Peço a todos os venezuelanos serenidade e firmeza. O país tem o direito de conhecer passo a passo sobre o que tem acontecido nos últimos dias, principalmente nas últimas 24 horas.”
— María Corina Machado (@MariaCorinaYA) March 26, 2024
As eleições na Venezuela estão marcadas para 28 de julho. Maduro vai disputar, praticamente sem oposição, seu terceiro mandato. Em vista disso, o ditador, que está há 12 anos no poder, poderá ficar 18 anos no cargo.
Fonte: revistaoeste