O fogo que atingiu diversas áreas no Maui, no Havaí, levou à falta de medicamentos e produtos para atendimentos de pronto-socorro. Diante do caos, um farmacêutico resolveu doar milhares de remédios que tinha para salvar as vítimas dos incêndios no Havaí.
Dono de uma grande farmácia a 40 minutos de Lahaina, Cory Lehano agiu rápido com ajuda de funcionários e voluntários, depois de vários telefonemas que recebeu de pacientes com pedidos de ajuda.
“Aqueles primeiros dias foram realmente caóticos e foi muito triste”, disse Cory. “Havia muitos pacientes que precisavam de tratamento médico agudo.”
Remédios de urgência
As milhares de doses de remédios foram doadas porque a maioria dos pacientes daquela região específica do Havaí tinha perdido tudo.
Segundo o farmacêutico, eram medicamentos prescritos para diabetes, hipertensão, transtornos mentais e outras dificuldades. No Brasil são chamados de remédios de uso contínuo – aqueles que devem ser utilizados enquanto durar o tratamento.
Inicialmente, as doações foram pessoais do médico, depois ele conseguiu apoio de empresas de seguro de saúde para atender às vítimas dos incêndios no Havaí.
Trabalho voluntário
Cory Lehano e os funcionários dele conseguiram ainda ajudar as vítimas de queimaduras e as que sofreram infecções de pele, além de terem aplicado testes Covid-19.
Segundo Cory, o trabalho da equipe se estendia por 15 a 16 horas seguidas entre os atendimentos na farmácia e nas instalações improvisadas em Lahaina.
“Temos a capacidade de cuidar dessas pessoas, então vamos lá”, afirmou, informando que quando questionou quem da equipe gostaria de ajudar, ouviu um sonoro “sim” coletivo.
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Incêndios
Mais de 90% dos incêndios em Lahaina estão controlados, mas a extensão do prejuízo é imensa. Houve perdas ainda nas áreas de Olinda e Kula.
Maui também está sob alerta meteorológico de incêndio porque a expectativa de ventos intensos.
Para os nativos havaianos como Cory, cuidar da comunidade em meio à devastação faz parte de cultura local, uma responsabilidade transmitida de geração em geração.
“O que meus Kūpuna [ancestrais] fariam?”, reagiu Cory quando alguém questiona as atitudes dele. “Nossos Kūpuna pegariam tudo o que tinham para ajudar a se levantar e apoiar um espaço que está necessitado, que precisa ser curado.
Essa persistência é alimentada pela esperança.
“O símbolo da esperança são as pessoas”, disse o farmacêutico. “Estão esperançosos e resilientes e estão prontos para seguir em frente. É isso que continua a nos motivar”, concluiu.
Com informações da CBS
Fonte: sonoticiaboa