O cientista Joseph Dituri, de 55 anos, encarou o desafio de fazer um experimento e passar 100 dias numa cápsula dentro do mar. E vem recorde por ai.
Joseph, que é oficial aposentado da Marinha dos Estados Unidos, vive a aproximadamente nove metros do fundo do oceano há 94 dias. A missão é para estudar os efeitos de um ambiente pressurizado no corpo humano.
Ele passou por exames que mostraram mudanças positivas no organismo desde o início do experimento, como o aumento do comprimento dos telômeros em 20%, o que equivale a mais de uma década de rejuvenescimento. Além disso, ele tem até 10 vezes mais células-tronco do que antes e experimenta um sono REM profundo de 60% a 66% todas as noites.
Qualidade de vida
Joseph trabalha por uma hora, de quatro a cinco dias por semana, tem acesso a ciclos de exercícios. Ele afirma que ainda está mantendo sua massa muscular e que seu metabolismo aumentou, tornando o corpo mais magro.
As mudanças na saúde cientista são atribuídas à pressão do ambiente subaquático. O ambiente pressurizado é semelhante às câmaras hiperbáricas, que podem melhorar o fluxo sanguíneo, o metabolismo e a função cerebral, além de aprimorar as funções cognitivas e físicas, o sono e a marcha.
Pesquisa da NASA
Ao concluir a missão, ele irá quebrar o recorde mundial de permanência em um ambiente subaquático, que anteriormente era de 73 dias.
Durante esse tempo na cápsula ele está testando tecnologias que podem ser usadas pela NASA em missões para Marte, além de realizar testes e tratamentos para reverter a perda muscular e desacelerar o envelhecimento.
Além do trabalho de pesquisa sobre os efeitos do ambiente pressurizado, Dituri também está testando um dispositivo no casulo que pode ser utilizado pela NASA para ajudar os astronautas em futuras missões em Marte.
Esse dispositivo, semelhante ao tricorder da série de ficção científica Star Trek, é usado para monitorar a saúde de uma pessoa e determinar se ela precisa de assistência médica.
Joseph também está investigando maneiras de evitar a perda de massa muscular no espaço, um problema que afeta os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Ele destaca a importância de resolver esses problemas antes de enviar seres humanos em missões de longa duração para Marte.
“Estamos indo para Marte, mas levará 200 dias para chegar lá. [Quando você chegar lá] você terá massa muscular diminuída, e você não será capaz de enxergar muito longe, e você não estará em boa forma, e você terá diminuição da densidade óssea, e vamos pousar com força em um mercado re-suportável enquanto ele cai. Acho que talvez seja uma má ideia, e precisamos descobrir algumas coisas primeiro”, ponderou.
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Lar confortável
A cápsula subaquática onde o cientista está vivendo é pequena, mas ele garante que é confortável. O espaço possui uma área de trabalho, cozinha, banheiro, dois quartos e uma pequena “piscina” que serve como entrada e saída.
Ele tem acesso a amenidades como TV, cafeteira, frigobar e micro-ondas. A cápsula também possui uma janela com vista para o oceano. Os cientistas que o visitam têm uma sala adjacente com uma configuração semelhante de beliche e cama de solteiro.
Com informações de Daily Mail.
Fonte: sonoticiaboa