Omar Al Fayed, empreendedor ambiental e ex-cunhado da princesa Diana, de Gales, rompeu o silêncio sobre as acusações de abuso sexual contra seu pai, Mohamed Al Fayed. O bilionário egípcio, ex-proprietário da loja , é acusado por mais de 60 mulheres. Omar usou o Instagram, na sexta-feira 27, para pedir uma “investigação legítima”.
Omar é irmão de Dodi Al Fayed, que teve um relacionamento com Diana. Dodi estava no veículo com a princesa quando sofreu o acidente, em 1997, na França. Ambos morreram. Mohamed era pai de Dodi.
Em depoimento na rede social, Omar descreveu Mohamed como um “pai maravilhoso”, mas reconheceu que as alegações comprometem a memória afetuosa que tinha dele. O filho do bilionário enfatizou a necessidade de uma análise objetiva das circunstâncias. Ele defendeu uma investigação transparente, abrangendo aqueles que possam ter ajudado a encobrir os crimes.
“Como esse assunto pôde ter sido ocultado por tanto tempo e de tantas maneiras, levanta outras questões perturbadoras,” disse Omar. “Ao longo da história, pessoas em posições de poder foram muitas vezes protegidas das consequências de suas ações, e a Justiça foi frequentemente adiada ou negada àqueles que sofreram. Acredito firmemente que qualquer pessoa considerada culpada de tais ações repreensíveis, incluindo ter facilitado, permitido ou ajudado a encobrir tais ações, não importa seu status, deve ser responsabilizada.”
Ex-cunhado da Princesa Diana critica imprensa
Omar criticou a “extensa cobertura” das alegações, mas destacou que tanto as vítimas quanto o público “merecem total transparência”. “Ninguém está acima da lei, e todas as vítimas merecem seu dia no tribunal”, completou.
Omar, atualmente com 35 anos, trabalhou na diretoria da Harrods entre 2006 e 2010, quando vendeu a loja. Advogados das vítimas alegam que funcionários da Harrods facilitaram os crimes de Mohamed. Os novos donos da loja expressaram surpresa e pediram desculpas às vítimas.
As acusadoras de Mohamed Al Fayed exigem um “processo independente e transparente” para revisar e julgar as acusações. A Polícia Metropolitana de Londres informou que realiza “revisões completas de todas as acusações existentes” contra Mohamed para garantir que não haja novas linhas de investigação.
Nascido em Alexandria, no Egito, Mohamed Al Fayed viveu grande parte de sua vida no Reino Unido. Ele adquiriu a Harrods em 1985 e foi dono do clube de futebol Fulham, entre 1997 e 2013. Al Fayed, que também possuía o Hotel Ritz em Paris, morreu aos 94 anos.
Em 2010, Al Fayed vendeu a Harrods ao fundo Qatar Investment Authority por 1,5 bilhão de libras (aproximadamente R$ 11 bilhões). A atual direção da loja declarou, na quinta-feira 26, que o ex-proprietário criou uma “cultura tóxica” na empresa e revelou que chegaram a “acordos amigáveis” com algumas das acusadoras.
Fonte: revistaoeste
