A Basf, maior produtora química da Europa, planeja cortar 2,6 mil empregos e reduzir a produção na Alemanha. Esta é uma das medidas para se preparar para um futuro sem gás russo barato.
A empresa vai fechar várias fábricas de uso intensivo de energia, incluindo duas fábricas de amônia e instalações de fertilizantes, resultando em 700 cortes de empregos em sua principal unidade de Ludwigshafen, na Alemanha.
A Basf também previu ganhos mais baixos neste ano e disse que encerrará a recompra de ações mais cedo, por causa da deterioração da economia global.
No geral, as demissões reduzirão a força de trabalho da Basf em cerca de 2% até 2024. Esses cortes estão entre os maiores já feitos por uma empresa alemã em meio a uma crise de energia provocada pela invasão russa da Ucrânia.
“Os altos preços da energia estão colocando um fardo adicional na lucratividade e na competitividade na Europa”, disse o CEO da Basf, Martin Brudermüller, em um comunicado no qual também citou “excesso de regulamentação, processos de licenciamento lentos e burocráticos e, em particular, altos custos para a maioria dos fatores de entrada de produção”.
A produção química na União Europeia caiu quase 16% durante o quarto trimestre, com as operações da Basf, na Alemanha, apresentando prejuízo durante o segundo semestre, de acordo com uma apresentação da empresa.
A conta de gás da empresa aumentou € 2,2 bilhões no ano passado, em comparação com 2021, mesmo com a queda de 35% no consumo. A Basf informou anteriormente que visa a cortes anuais de custos de € 500 milhões, já que não espera que os preços do gás voltem aos níveis anteriores à guerra.
Fonte: revistaoeste