Infelizmente, todos os cinco tripulantes do submersível Titan morreram. De acordo com a Guarda-Costeira dos Estados Unidos, o submersível sofreu uma “implosão catastrófica”, cujos destroços foram identificados nesta quinta-feira, 22. Ainda não se sabe por quanto tempo os tripulantes viveram antes da implosão do veículo. De acordo com a Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA (NIH, na sigla em inglês), o corpo humano pode ficar sem oxigênio por diversos fatores: acidentes ou doenças que afetem as vias aéreas e interrompam o suprimento de oxigênio ou pela simples falta de ar respirável no ambiente — o caso do submersível Titan.
Quando os níveis de oxigênio no ambiente não são suficientes para alimentar os tecidos corporais, o corpo humano entra em um estado que se chama hipóxia, de acordo com a NIH. Nesse estado, as células não conseguem manter uma condição estável a fim de realizar as suas funções vitais; o agravamento do quadro implica o fornecimento insuficiente de oxigênio aos órgãos. A hipóxia varia em intensidade, de leve a grave; e pode gerar reações diferentes nas diversas partes do organismo. Enquanto alguns tecidos podem tolerar determinados graus de hipóxia por períodos de tempo relativamente longos, outros podem ser severamente danificados pela ausência de oxigênio.
Qual é o órgão mais afetado pela ausência de oxigênio?
O estado de hipóxia desencadeia uma série de problemas no organismo; se o fornecimento de oxigênio não for restabelecido, o quadro pode provocar a morte do indivíduo. Contudo, o órgão mais sensível à falta de oxigênio é o cérebro. De acordo com a NIH, a hipóxia cerebral tem o potencial de causar a morte das células presentes no cérebro, desencadeando o colapso do órgão vital.
Sintomas de hipóxia cerebral:
- Perda da atenção;
- Tomada de decisões e julgamentos inadequados;
- Perda de memória;
- Diminuição da coordenação motora;
- Mudança na cor da pele e/ou dos lábios.
E quando o fornecimento de oxigênio para o cérebro é interrompido durante mais de cinco minutos, o indivíduo pode entrar em estado de coma, que se caracteriza por um estado profundo de inconsciência. O quadro também pode provocar convulsões e, em última análise, levar à morte cerebral, quando não é mais possível mensurar a atividade cerebral.
