A ex-presidente do Brasil e presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (), Dilma Rousseff, posou para fotos ao lado do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de mãos dadas e sorrindo. Eles estiveram juntos durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF), nesta quinta-feira, 6.
O NBD é uma instituição financeira que tem o objetivo de desenvolver os países do Brics, grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Apesar de não formar um bloco econômico, essas nações compartilham um cenário econômico semelhante. No fim do ano passado, o Brics foi ampliado e incluiu Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Irã.
Putin elogiou o trabalho de Dilma à frente do NBD. “Estou feliz que temos uma oportunidade de continuar nosso diálogo”, disse o presidente russo. “Neste ano, o banco conseguiu fazer muita coisa sob sua liderança [Dilma Rousseff]. Pela primeira vez, o banco mostrou um lucro líquido significativo e está essencialmente se recuperando.”
Por sua vez, a ex-presidente brasileira explicou que a pauta da conversa foi “o cenário internacional e a reconstrução do novo multilateralismo e da ordem internacional que reflita o mundo multipolar atual”.
“Agradeci o apoio da Rússia ao banco e à minha gestão”, afirmou Dilma Rousseff. “Precisamos de uma economia multipolar, com novos centros que possam ajudar a suportar choques e crises globais. Isso permitirá reduzir o risco de instabilidade econômica global, causada por problemas nas grandes economias.”
O encontro aconteceu no mesmo dia em que se comemorou os 80 anos do , na França. Em 6 de junho de 1944, tropas aliadas invadiram a Normandia, no noroeste francês, na iniciativa que marcou o início do fim da Alemanha nazista.
Porém, apesar de a Rússia ser aliada na Segunda Guerra Mundial, seus representantes não foram convidados para a comemoração. Ainda em meio à investida russa na Ucrânia, há as tensões entre Putin, os países europeus e os Estados Unidos. “A Europa não é mais um continente de paz”, afirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Fonte: revistaoeste