Em A Árvore dos Sonhos, a Vida e a Obra de Walt Disney, Maurício Nunes conta que o pioneiro da indústria da animação era bastante rígido quanto à ética familiar da empresa, jamais aceitando propostas de animações que ferissem os valores dos espectadores. No entanto, os tempos mudaram para o gigante do entretenimento infantil. Recentemente, uma série que narra a história de uma jovem de 18 anos que se apaixona pelo diabo e engravida dele está em produção para ser exibida pela plataforma Disney+.
A série em produção recebeu o nome de Pauline, e os seus criadores também participaram da produção de Como Vender Drogas Online, da Netflix. Os produtores, comemorando o sinal verde da Disney para a produção, disseram: “Nós estamos emocionados em saber que a Disney+ amou essa história de amadurecimento tanto quanto nós, e que agora seja possível começar a filmar com um elenco e uma equipe tão incríveis”.
Entidade faz alerta às famílias
A MovieGuide, entidade que oferece serviços de curadoria de cultura às famílias nos EUA, fez um alerta sobre a nova produção da Disney: “Ultimamente, os filmes de ‘maioridade’ da Disney estão fora de sintonia com aquilo a que os pais querem que seus filhos assistam. Eles costumam enviar conteúdo com temas sobre bruxaria, sexo e violência”.
No ano passado, a Disney teve um prejuízo de mais de US$ 100 milhões com a animação LightYear por causa de uma cena na qual é exibido um beijo entre um casal homossexual. Ted Baehr, presidente da MovieGuide, disse: “Não podemos deixar que esse conteúdo distorcido e perturbador corrompa os valores e as crenças de nossos filhos”. Ted ainda incentivou os pais a fazerem uma petição à Disney+ em que solicitem a suspenção do lançamento da série.
Ted disse ainda: “Deixe-me ser claro. Pauline não é apenas mais uma peça de entretenimento. Esta produção retrata satanás como um parceiro romântico! Ao normalizar e promover tal relacionamento, Pauline envia uma mensagem perigosa aos jovens espectadores de que a associação com demônios, satanás e o mal é aceitável e até desejável”.
Fonte: revistaoeste