Os responsáveis pela Olimpíada de Paris pediram desculpas, neste domingo, 28, àqueles que se sentiram ofendidos com a cerimônia de abertura. Na festa, realizada na sexta-feira 26, os organizadores fizeram uma adaptação da “Última Ceia”, que exibe 12 apóstolos sentados à mesa com jesus Cristo. A obra é conhecida mundialmente e já foi retratada em outros eventos. A versão mais famosa, de 1497, é de leonardo da vinci e tradicionalmente mostra Jesus consagrando a Eucaristia.
A cena teve a participação da DJ e produtora Barbara Butch, famosa entre os LGBT+, acompanhada por artistas drag queens e bailarinos.
Lucas 22:19-20 (NVI):
“Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim’. Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado… pic.twitter.com/vE0KqtEv5a— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) July 26, 2024
A apresentação sofreu críticas de religiosos em todo o mundo. . O mesmo sentimento foi compartilhado pela porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
A comunhão anglicana no Egito também lamentou a zombaria e afirmou que a cerimônia poderia fazer com que o Comitê Olímpico Internacional (COI) perdesse sua identidade esportiva distinta e sua mensagem humanitária.
Thomas Jolly, diretor artístico da cerimônia, afirmou que o objetivo era celebrar a diversidade e a gastronomia francesa. Anne Descamps, porta-voz da Olimpíada de Paris 2024, lamentou o episódio.
“Claramente, nunca houve a intenção de demonstrar falta de respeito a qualquer grupo religioso”, disse Anne. “Ao contrário, creio que, com Thomas Jolly, realmente tentamos celebrar a tolerância comunitária. Ao observar o resultado das pesquisas, acreditamos que esse objetivo foi alcançado. Se as pessoas se sentiram ofendidas, claro, lamentamos muito, muito.”
Jolly explicou suas intenções à Associated Press, depois da cerimônia. “Meu desejo não é ser subversivo, nem zombar, nem escandalizar”, disse. “Sobretudo, queria enviar uma mensagem de amor, uma mensagem de inclusão e de forma alguma dividir.”
Fonte: revistaoeste