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Crítico do líder chinês Xi Jinping escapa para a Coreia do Sul por mar em um jet ski

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Um dissidente chinês foi capturado na noite da quarta-feira 23, enquanto tentava chegar à Coreia do Sul, pilotando um jet ski. Grupos de ativistas chineses confirmaram sua identidade.

Seu nome é Kwon Pyong, de 35 anos. Próximo à cidade coreana de Incheon, ele ficou preso com seu jet ski em meio a um pântano, onde a Guarda Costeira do país o deteve.

Missão impossível

De acordo com as autoridades, o chinês viajou cerca de 300 quilômetros, partindo da Província de Xantum. Militares coreanos que detectaram um estranho veículo avisaram a Guarda Costeira, que também recebeu chamados dos serviços de emergência, acionados pelo próprio Pyong.

Para realizar a façanha, o ativista levou consigo vários barris de combustível, que descartava no mar depois de vazios. A princípio, a Guarda Costeira não soube identificá-lo, mas um membro da organização não governamental Diálogo Chino confirmou à agência de notícias AFP que se tratava de Kwon Pyong. 

Condenado por “insultar” o ditador e o regime

O ativista já havia sido preso em outubro de 2016 por “subversão”, ao “insultar a autoridade estatal e o sistema socialista”. A acusação mencionou publicações em redes sociais e roupas que o dissidente vestia, com críticas a Xi Jinping, presidente da China e secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCCh).

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Entre outras hashtags provocativas, Kwon Pyong comparava ditador chinês Xi Jinping a ditador alemão Adolf Hitler | Foto: Reprodução/Twitter

Condenado a um ano e meio de prisão, Kwon deixou a cadeia em março de 2018, de acordo com a ONG de direitos humanos Front Line Defenders. Proibido de deixar o país, por anos teria permanecido sob vigilância estatal e perseguição política pelas autoridades chinesas.

Histórico de protestos contra abusos de poder

Kwon Pyong fazia campanhas contra a violação dos direitos humanos pelo regime chinês e em apoio a advogados perseguidos e presos. Criticava abertamente o Massacre da Praça Paz Celestial e viajou até Hong Kong em 2014 para participar dos protestos do movimento Occupy Central.

O ativista autoexilado “agora está se decidindo entre pedir refúgio na Coreia do Sul ou optar por um terceiro país”. A declaração é de Lee Dae-seon, representante da Diálogo Chino, que confirmou a identidade de Kwon para a imprensa.

Com informações do jornal The Guardian.

Fonte: revistaoeste

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